IFI prevê dificuldades para reequilibrar as contas públicas — Rádio Senado
Instituição Fiscal

IFI prevê dificuldades para reequilibrar as contas públicas

Segundo o relatório de novembro da Instituição Fiscal Independente do Senado, a dívida bruta do Brasil ainda vai crescer por cinco anos antes de uma estabilização em mais de 80% do PIB. Segundo o diretor da IFI, Felipe Salto, não será possível conter o crescimento da dívida em relação ao Produto Interno Bruto sem reequilibrar receitas e despesas. Ele afirmou que o reajuste salarial decidido pelo Supremo Tribunal Federal e confirmado no Congresso é um exemplo de decisão que atrapalha o equilíbrio das contas públicas. A reportagem é de Floriano Filho, da Rádio Senado.

19/11/2018, 12h36 - ATUALIZADO EM 19/11/2018, 12h36
Duração de áudio: 02:11
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: MEDIDAS COMO O REAJUSTE DE SALÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DIFICULTAM O REEQUILÍBRIO DAS CONTAS PÚBLICAS. LOC: A ANÁLISE É DA INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE DO SENADO, QUE PUBLICOU UM NOVO RELATÓRIO EM NOVEMBRO. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) O Brasil ainda está longe de conseguir reequilibrar as contas públicas. Segundo o relatório de novembro da Instituição Fiscal Independente do Senado, a dívida bruta ainda vai crescer por cinco anos antes de uma estabilização em mais de 80% do PIB. A recuperação econômica do país foi abalada pela greve dos caminhoneiros. Com isso a IFI também reduziu a estimativa de crescimento real do PIB para 1,4 por cento em 2018 e para 2,3 por cento em 2019. Segundo o diretor da IFI, Felipe Salto, não será possível conter o crescimento da dívida em relação ao Produto Interno Bruto sem reequilibrar receitas e despesas. Ele afirmou que a aprovação do reajuste salarial do Supremo Tribunal Federal é um exemplo do que atrapalha o equilíbrio das contas públicas. (Felipe Salto) Medidas como essa (...), que tem impacto fiscal e podem produzir incrementos na despesa pública, dificultam a execução desse objetivo maior neste momento para o país que é a questão da consolidação fiscal. (Repórter) Felipe Salto já havia declarado que o próximo governo terá até dois anos para fazer mudanças estruturais que reduzam os gastos públicos. Ele citou a necessidade de ajustes pelo lado da receita, ou seja, aumento de impostos; ou da despesa, como a Reforma da Previdência. (Felipe Salto) É uma medida que vai afetar as contas públicas a médio e a longo prazo. Não é algo que vai resolver o buraco das contas públicas amanhã ou depois. É claro que quanto antes for encaminhada a reforma da previdência (...), tanto melhor. (...). (Repórter) O relatório da IFI também diz que, mesmo com moderação das despesas com previdência e pessoal, o teto dos gastos só conseguirá ser cumprido até 2020.

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