Debatedores pedem democratização da informação com mídias alternativas — Rádio Senado
Senado do Futuro

Debatedores pedem democratização da informação com mídias alternativas

A Comissão Senado do Futuro (CSF) discutiu em audiência pública a democratização dos meios de comunicação. Os participantes do debate criticaram a grande mídia como único modelo de comunicação e sugeriram a criação de uma política que torne mais democrática a difusão de informações e contemple as mídias alternativas. Na avaliação do presidente da CSF, senador Hélio José (Pros-DF), a manutenção da democracia no País depende da diversidade dos meios de comunicação. Outro debate previsto para outubro vai continuar a discutir o assunto. Reportagem de Iara Farias Borges, da Rádio Senado. Ouça o áudio com mais informações.

11/09/2018, 13h38 - ATUALIZADO EM 11/09/2018, 14h32
Duração de áudio: 01:56
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: A IDEIA DE QUE A GRANDE MÍDIA É O ÚNICO MODELO POSSÍVEL DE COMUNICAÇÃO FOI CRITICADA EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO SENADO DO FUTURO. LOC: OS PARTICIPANTES DO DEBATE RESSALTARAM A IMPORTÂNCIA DA DIVERSIDADE DE INFORMAÇÃO PARA A DEMOCRACIA. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: (Repórter) Os grandes grupos de mídia foram apontados pelos participantes de audiência pública na Comissão Senado do Futuro como prejudiciais à popularização do acesso aos meios de comunicação e, em consequência, à democracia. Na opinião do professor emérito da Universidade de Brasília, Venício Lima, há uma estratégia para silenciar a maioria da sociedade e manter o poder nas mãos das grandes empresas. (Venício Lima) “É porque existem políticas que deliberadamente mantêm a exclusão de vozes, mantêm a liberdade de expressão restrita a um grupo reduzido de pessoas e instituições”. (Repórter) O diretor da TV Comunitária de Brasília Paulo Miranda destacou a importância da comunicação que se faz nos municípios, especialmente a de serviços públicos. E pediu aos parlamentares que vão tomar posse em 2019 a criação de uma política de democratização da informação que inclua as mídias alternativas. (Paulo Miranda) “São as mídias alternativas, não só as rádios comunitárias, as TVs comunitárias, mas todas as mídias alternativas que sofrem um bloqueio por falta de uma política de democracia informativa no país. A mídia comercial vai muito bem, mas a mídia comunitária brasileira ainda é muito capenga, muito sucateada”. (Repórter) O presidente da Comissão Senado do Futuro, senador Hélio José, do Pros do Distrito Federal, também criticou a concentração da comunicação brasileira em poucas e grandes empresas. (Hélio José) “Só é possível alcançar-se a democracia no Brasil, se neste processo também se democratizar os meios de comunicação. A concentração, a ausência de pluralidade e diversidade dos meios de comunicação brasileiros constitui um significativo entrave ao desenvolvimento da democracia no País”. (Repórter) A Comissão Senado do Futuro vai continuar o debate sobre a democratização dos meios de comunicação em outra audiência pública prevista para o final de outubro. RFF 1/2018

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