Senadores discutem o impacto do monopólio da Petrobras sobre a economia brasileira — Rádio Senado
Comissão de Infraestrutura

Senadores discutem o impacto do monopólio da Petrobras sobre a economia brasileira

Senadores da Comissão de Infraestrutura do Senado (CI) questionaram o monopólio da Petrobras na produção, refino e comercialização de petróleo e derivados no País. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) afirma que o domínio da economia pelo Estado, além de provocar distorções financeiras e de governança, gera desperdícios. Já, para o presidente da Comissão, senador Eduardo Braga (MDB-AM), o Brasil não tem um plano nacional de desenvolvimento industrial e nem um plano nacional de nova matriz energética.

29/05/2018, 13h22 - ATUALIZADO EM 29/05/2018, 14h44
Duração de áudio: 02:52
Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) realiza reunião deliberativa com 13 itens. Entre eles, o PLS 277/2015, que incentiva geração de energia elétrica.

Bancada:
senador Acir Gurgacz (PDT-RO);
senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM);
senador Roberto Muniz (PP-BA); 
senador Valdir Raupp (MDB-RO).

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES QUESTIONARAM O MODELO MONOPOLISTA DA PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS NAS MÃOS DA PETROBRAS. LOC: O ASSUNTO FOI DISCUTIDO NA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA NESTA TERÇA-FEIRA. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) As grandes corporações petrolíferas mundiais costumam ser divididas entre as privadas como a britânica BP ou a norte-americana Chevron, e as estatais, como a Aramco, da Arábia Saudita, a Rosneft, da Rússia, e a Sinopec, da China. A Petrobras, embora tenha ações negociadas em bolsas de valores como a de São Paulo e a de Nova Iorque, é controlada pelo governo brasileiro, que indica o presidente da empresa. A Petrobras domina praticamente 100% da produção e comercialização de petróleo e derivados no Brasil. Para senadores da Comissão de Infraestrutura, esse foi um dos motivos que levou ao caos vivido no País após a política de reajuste automático de preços de combustíveis adotada pela direção da companhia. Foi uma tentativa de recuperar a empresa após um dos maiores esquemas mundiais de corrupção exposto pela operação Lava-Jato. O senador Roberto Muniz, do PP da Bahia, questionou o fato do refino no País, que vem caindo nos últimos anos, também estar concentrado na Petrobras. (Roberto Muniz) Qual é o benefício de termos sob a responsabilidade de uma única empresa – e só existem, além da empresa Petrobras, mais uma ou duas empresas privadas no País que quase não produzem nada – a questão do refino? (Repórter) O senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará, afirmou que o domínio da economia pelo Estado, além de provocar distorções financeiras e de governança, gera desperdícios. (Flexa Ribeiro) Não dá para a sociedade brasileira (...) custear um Estado paquidérmico como o que nós temos. (Repórter) Para o presidente da Comissão, senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, o Brasil precisa colocar esse debate em um plano nacional com estratégias e objetivos definidos. (Eduardo Braga) Nós estamos sem plano nacional de desenvolvimento industrial, sem plano nacional de nova matriz energética e estamos criando um grande lapso na nossa economia porque estamos baseados em fundamentos equivocados. (Repórter) A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, apresentou um requerimento convidando o presidente da Petrobras, Pedro Parente, para uma audiência pública no Senado. Ele deverá ser votado na Comissão de Infraestrutura na semana que vem. RQI 23/2018

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