CDH aprova projeto que impõe metas para reinserção de menores infratores
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou o projeto de lei (PLS 151/2014) de autoria da senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) que prevê meta para planos de reinserção de menores infratores. Ao defender a proposta, o relator da matéria na CDH, senador Telmário Mota (PTB-RR), observou que, por má gestão, a ressocialização dos adolescentes infratores nem sempre acontece.
Transcrição
LOC: OS PLANOS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO AO MENOR INFRATOR TERÃO METAS ANUAIS DE DESEMPENHO.
LOC: É O QUE DETERMINA UM PROJETO APROVADO NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. A REPORTAGEM É DE IARA FARIAS BORGES:
(Repórter) O projeto altera a lei que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo para criar metas anuais de assistência psicossocial e à saúde, à educação, à ressocialização e ainda ao acolhimento de adolescentes infratores. Os gestores que não elaborarem a meta ou não a cumprirem serão responsabilizados de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. A intenção da autora, senadora Lúcia Vânia, do PSB de Goiás, é que os menores infratores retirados do convívio com a sociedade sejam de fato recuperados. Normalmente, observou o relator, senador Telmário Mota, do PTB de Roraima, a ressocialização desses menores nem sempre acontece.
(Telmário Motta) “Não têm assegurados seus direitos fundamentais e não recebem, na maior parte dos casos, assistência jurídica, o que perpetua a vulnerabilidade desses adolescentes e os induz à violência”.
(Repórter) O vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim, do PT gaúcho, defende a integração de forças para atender os menores infratores.
(Paulo Paim) “Isso é muito positivo. Está um debate, inclusive, sobre a segurança pública, da integração de todas as forças da Polícia, enfim, e de medidas socioeducativas, junto ao Ministério da Justiça por isso que este projeto já vai dando uma luz na forma de a gente aprofundar o atendimento de medida socioeducativa para os menores”.
(Repórter) Agora, o texto segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça.
PLS 151/2014