CDH debate baixa representatividade negra nas esferas de poder — Rádio Senado
Audiência pública

CDH debate baixa representatividade negra nas esferas de poder

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) debateu nesta quinta-feira (05) em audiência pública “O protagonismo negro nas 4 esferas de Poder”. Apesar de 56% da população brasileira ser formada por negros, segundo o IBGE, eles não ocupam, proporcionalmente, os espaços políticos. O vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), defende um projeto de Nação mais inclusivo.

05/04/2018, 13h42 - ATUALIZADO EM 05/04/2018, 17h46
Duração de áudio: 02:02
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública para tratar sobre protagonismo negro nas quatro esferas de poder.

Mesa:
professor doutor, assessor da Pró-Reitoria de Extensão Universitária da Universidade Estadual Paulista (Proex-Unesp), Juarez Tadeu de Paula Xavier;
procuradora do Trabalho - Coordenadora Nacional do Coordigualdade, Valdirene Silva de Assis;
graduando em sociologia e política - presidente do Núcleo de Pesquisas Clóvis Moura da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespreto), Tadeu Kaçula;
vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
representante do PSOL/DF, Keka Bagno.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: SEGUNDO O IBGE, A POPULAÇÃO BRASILEIRA É FORMADA POR CINQUENTA E SEIS POR CENTO DE NEGROS. LOC: NO ENTANTO, A REPRESENTATIVIDADE NAS DIFERENTES ESFERAS DE PODER É REDUZIDA. O ASSUNTO FOI TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS, COMO INFORMA A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: (Repórter) A audiência pública da Comissão de Direitos Humanos debateu o protagonismo negro nas instâncias de poder. O representante da Fundação Escola de Sociologia e Política, Tadeu Kaçula, informou que, nas assembleias legislativas, são 25 parlamentares entre os 1.060. A situação não é diferente nos municípios. Pouco mais de 1500 prefeitos negros distribuídos nas 5.570 cidades do Brasil e cerca de 24 mil vereadores entre os 58 mil existentes. Kaçula destacou que, no Supremo Tribunal Federal e nos governos dos estados, não há nenhum negro. (Tadeu Kaçula) “Pensando numa sociedade em que nós somos hoje, segundo os últimos dados do IBGE, 56% da população brasileira, esse número não representa o tamanho quantitativo de negras e negros no país, que, de fato tinham que estar ocupando esses espaços de poder para fazer a transformação que o nosso povo precisa”. (Repórter) Mais do que uma dívida histórica, é uma questão de justiça com essa parcela da população, disse a representante do PSOL do Distrito Federal, Keka Bagno. Ela lembrou o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, defensora dos direitos humanos. (Keka Bagno) “Não dá para gente ficar silenciada. Somos silenciados há 518 anos. Não dá mais para a gente continuar com esse medo, com essa sensação de que estes espaços não podem ser nossos”. (Repórter) O vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim, do PT gaúcho, disse que a falta de recursos para campanha dificulta a eleição de representantes da população negra. E defendeu um projeto de Nação mais inclusivo. (Paulo Paim) “A importância de termos, de fato, um projeto de Nação que permita, efetivamente, a participação de todos – brancos, negros, índios, ciganos – e com respeito às diferenças”. (Repórter) Também participaram do debate representantes da Procuradoria do Trabalho e de entidades atuantes na defesa da população negra. RDH 176/2017

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