Senado realiza sessão especial para celebrar o Dia Mundial do Rim — Rádio Senado
Sessão especial

Senado realiza sessão especial para celebrar o Dia Mundial do Rim

O Senado promoveu sessão especial para lembrar o “Dia Mundial do Rim” - data celebrada toda segunda quinta-feira do mês de março.  Médicos, pacientes e parlamentares ocuparam a tribuna para divulgar informações sobre a doença renal crônica e cobrar mais apoio do governo. O senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), que pediu a sessão especial, lembrou que os doentes renais crônicos triplicaram no Brasil em um período de 16 anos. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.

08/03/2018, 13h13 - ATUALIZADO EM 08/03/2018, 13h13
Duração de áudio: 02:12
Plenário do Senado Federal durante sessão especial para celebrar o Dia Mundial do Rim. A sessão tem o objetivo de tratar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença renal crônica. 
 
Mesa:
presidente da Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil (Fenapar), Jonas Cavalcante;
presidente voluntário da Associações de Renais e Transplantados do Brasil (Farbra), João Adilberto Pereira Xavier;
presidente e requerente da sessão, senador Eduardo Amorim (PSDB-SE);
presidente da Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), Dr. Yussif Ali Mere Junior; 
representante do presidente da ociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Kleyton Bastos.

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O SENADO PROMOVEU SESSÃO ESPECIAL PARA LEMBRAR “O DIA MUNDIAL DO RIM” - DATA CELEBRADA TODA SEGUNDA QUINTA-FEIRA DO MÊS DE MARÇO. LOC: MÉDICOS, PACIENTES E PARLAMENTARES OCUPARAM A TRIBUNA PARA DIVULGAR INFORMAÇÕES SOBRE A DOENÇA RENAL CRÔNICA E COBRAR APOIO DO GOVERNO. O REPÓRTER BRUNO LOURENÇO ACOMPANHOU A SESSÃO. (Repórter) O senador Eduardo Amorim, do PSDB de Sergipe, que pediu a sessão especial, lembrou que os doentes renais crônicos triplicaram no Brasil em um período de 16 anos. E que o número de transplantes vem aumentando cerca de 10% a cada ano e deve chegar em 2018 a 5 mil e 700. Eduardo Amorim, que, além de advogado, é médico anestesista de formação, destacou as dificuldades enfrentadas pelos doentes e familiares, principalmente dos que vivem longe dos grandes centros urbanos. (Eduardo Amorim) A distribuição das unidades é absolutamente desigual pelo Brasil. O fato é que, em muitas localidades, há um verdadeiro vazio assistencial e os pacientes precisam viajar horas e horas a fio em busca de um tratamento várias vezes por semana. (Repórter) Outro senador com formação em medicina, Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, pediu pagamento justo às clínicas que fazem diálise. ( Waldemir Moka) Porque hoje fica difícil você ter realmente uma clínica de hemodiálise em função da baixa remuneração que é feita pelo SUS a esse procedimento. (Repórter) Já o vice-presidente da Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil, Jonas Cavalcanti, afirmou que algo precisa ser feito para ampliar o número de transplantes. Ele citou o exemplo de um dos presentes à sessão, o Gilberto, de Rondônia. ( Jonas Cavalcanti) Ele faz hemodiálise há seis anos e já foi 16 vezes à UTI. Ele está numa fila de transplante em São Paulo e nunca foi chamado. Então, quero deixar aqui este momento de reflexão. (Repórter) O médico Kleyton Bastos, da Sociedade Brasileira de Nefrologia, criticou também o desconhecimento dessa especialidade nos bancos universitários. E a deputada Carmen Zanotto, do PPS de Santa Catarina, cobrou a votação de projeto de lei dela que garante aos pacientes renais crônicos os mesmos direitos das pessoas com deficiência. A cúpula do Senado será iluminada nesta quinta na cor vermelha em alusão ao Dia Mundial do Rim.

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