Senado vai discutir novamente proposta que atualiza Lei Geral de Telecomunicações
A atualização da Lei Geral das Telecomunicações (PLC 79/2016) vai ser analisada pelo Plenário do Senado em 2018. A proposta já havia sido aprovada por uma comissão especial e enviada à sanção presidencial, mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal determinou que a matéria volte ao Senado e seja discutida em Plenário. Entre as mudanças previstas, o projeto permite que as operadoras de telefonia fixa troquem o sistema de concessão por autorização, o que na prática assegura às empresas menos controle estatal e mais liberdade de decisão em relação a investimentos, por exemplo. Para o senador Paulo Rocha (PT-PA), o assunto precisa ser discutido com mais clareza no Senado. Após a determinação do STF, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse que pretende distribuir o projeto para as comissões técnicas, entre elas a de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática. A reportagem é de Marciana Alves, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: A ATUALIZAÇÃO DA LEI GERAL DE TELECOMUNICAÇÕES VAI SER ANALISADA PELO PLENÁRIO DO SENADO EM 2018.
LOC: A MATÉRIA QUE FOI APROVADA EM UMA COMISSÃO ESPECIAL VOLTOU AO SENADO APÓS UMA DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REPÓRTER MARCIANA ALVES.
TÉC: A proposta que muda as regras do setor de telecomunicações foi aprovada em uma comissão especial e enviada à sanção presidencial. Mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal determinou que a matéria volte ao Senado e seja discutida em Plenário. A medida atende a um grupo de senadores, que questionou na Justiça a análise acelerada do projeto, como explicou a senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas.
(Vanessa) “O que fez com que entrássemos com uma reclamação perante o Supremo e, ao mesmo tempo, com um comunicado, e o Supremo decidiu que o projeto deveria voltar para o Senado Federal”.
(REP) Entre as mudanças previstas, o projeto permite que as operadoras de telefonia fixa troquem o sistema de concessão por autorização, o que na prática assegura às empresas menos controle estatal e mais liberdade de decisão em relação a investimentos, por exemplo. Porém, a mudança precisa ter o aval da Anatel, e as empresas terão que cumprir requisitos, como a garantia da prestação de serviço em áreas sem concorrência. Para o senador Paulo Rocha, do PT do Pará, a matéria precisa ser discutida com mais clareza no Senado.
(Paulo Rocha) O erro foi ir para uma comissão especial, que tem o poder terminativo, sem que isso vá, por exemplo, para o Plenário. Nós temos que levar o projeto para as comissões para ser discutido com vários setores da sociedade, com audiências públicas.
(REP) Após a determinação do STF, o presidente do Senado, Eunício Oliveira disse que pretende distribuir o projeto para as comissões técnicas, entre elas a de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática. Da Rádio Senado, Marciana Alves.
PLC 79/2016