Frente parlamentar anuncia combate à reforma da Previdência — Rádio Senado
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Frente parlamentar anuncia combate à reforma da Previdência

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) debateu nesta quinta-feira (23), em audiência pública, a Reforma da Previdência. Integrantes da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência e participantes do debate afirmaram que a reforma não será aprovada da maneira que está sendo defendida pelo governo. O senador Paulo Paim (PT-RS), que presidiu a audiência pública, reafirmou que a proposta de tempo de contribuição presente na reforma do governo levará o trabalhador a se aposentar próximo aos oitenta anos de idade.

23/11/2017, 20h45 - ATUALIZADO EM 24/11/2017, 07h20
Duração de áudio: 02:11
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove audiência pública para tratar sobre o tema: "A Previdência Social que queremos". 

À mesa, vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), conduz audiência.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DEBATEU A REFORMA DA PREVIDÊNCIA. LOC: INTEGRANTES DA FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA E PARTICIPANTES DO DEBATE AFIRMARAM QUE A REFORMA NÃO SERÁ APROVADA DA MANEIRA QUE ESTÁ SENDO DEFENDIDA PELO GOVERNO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TÉC: A Comissão de Direitos Humanos promoveu audiência pública com o tema “a previdência social que queremos”. Durante a audiência, senadores e deputados de uma Frente Parlamentar que reúne 23 senadores, 263 deputados federais e 97 organizações, lançaram uma campanha em defesa do setor. Tomando como base o relatório da CPI da Previdência, aprovado em 25 de outubro, os integrantes da frente parlamentar afirmam não haver déficit e sim desvios, fraudes, sonegações e renúncias fiscais que comprometem o sistema previdenciário. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, que presidiu a audiência pública, afirmou que a proposta de tempo de contribuição presente na reforma apresentada pelo governo levará o trabalhador a se aposentar próximo aos oitenta anos: (PAIM) A média de emprego do brasileiro é de 9 meses em cada 12. A média. Se pegar Nordeste, vai para cinco ou seis meses. Começou a trabalhar com 20 anos. Com mais 40 de contribuição, pelo cálculo deles. Só aí já deu 60. Agora se você diminuir pelos nove meses que não são 12, você vai para 80 anos. Só vai se aposentar depois dos 80. Uma proposta é absurda, a propaganda é enganosa. (REP) O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Guilherme Guimarães Feliciano, explicou que as contas apresentadas pelo governo para justificar a reforma não se sustentam: (GUILHERME) O ministro Henrique Meirelles disse que se não houvesse reforma da Previdência, caminharíamos aí para o próximo quinquênio, para um prejuízo, um rombo de 202 bilhões de reais. Aí nós vemos dados do sindicato nacional dos procuradores da fazenda nacional, dizendo que apenas de sonegação acumulada, nós já temos 453 bilhões. O dobro do que será o suposto rombo da não aprovação dessa reforma. (REP): Outro participante da audiência, Floriano de Sá Neto, presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais, afirmou que a propaganda governamental sobre a reforma da previdência é mentirosa e que a associação irá pedir na Justiça a interrupção desta publicidade. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.

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