Comissão de Transparência debate as pesquisas eleitorais — Rádio Senado
Audiência pública

Comissão de Transparência debate as pesquisas eleitorais

23/08/2017, 13h45 - ATUALIZADO EM 23/08/2017, 13h45
Duração de áudio: 02:14
Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) realiza audiência pública para discutir o modelo utilizado nas pesquisas eleitorais encomendadas aos institutos de pesquisa eleitoral no Brasil.

Mesa:
diretor do Datafolha Instituto de Pesquisas, Mauro Paulino;
CEO do IBOPE Inteligência, Márcia Cavallari Nunes;
presidente da CTFC, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO);
mestre em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Wahrendorf Caldas;
diretor do Serpes Pesquisa de Opinião e Mercado, Antônio Lorenzo Martinez.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE TRANSPARÊNCIA, GOVERNANÇA, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE E DEFESA DO CONSUMIDOR DEBATEU HOJE EM AUDIÊNCIA PÚBLICA AS PESQUISAS ELEITORAIS. LOC: REPRESENTANTES DE INSTITUTOS DE PESQUISA, UM ESTATÍSTICO E UM CIENTISTA POLÍTICO PARTICIPARAM DO DEBATE. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) Representantes do Serpes Pesquisa de Opinião e Mercado, Ibope e Datafolha explicaram como são feitas as pesquisas e como devem ser interpretadas. O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, falou que em 2014, por exemplo, as pesquisas concluídas até a tarde de sábado e divulgadas à noite, indicavam uma vantagem maior para Dilma em relação a Aécio Neves. Mas que a declaração de intenção de voto é uma coisa, e voto na urna é outra. (Mauro Paulino) A Dilma em vez de 40 na véspera teve 37. O Aécio de 24 foi pra 31 e a Marina de 22 foi pra 19. O resultado aqui era esse, só que a eleição não termina aqui, ela continua, os eleitores continuam pensando. Não existe nenhuma lei que faça com que os eleitores mantenham a intenção de voto que tinham na véspera da eleição. (Repórter) Os institutos de pesquisa ressaltaram que cerca de 20% dos eleitores em 2014 só decidiram em quem votar na última semana e mais da metade desses na véspera ou no próprio dia. O presidente do Conselho Federal de Estatística, Luiz Carlos da Rocha, lembrou que as mídias sociais começam a desempenhar um papel muito importante na tomada de decisões do eleitorado. O presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, destacou que a classe política vive uma crise de credibilidade. E que a solução passa por uma série de reformas no sistema político, inclusive no aperfeiçoamento das regras sobre as pesquisas eleitorais. (Ataídes Oliveira) Lutar para resgatar a nossa credibilidade, Congresso Nacional, isso aqui tá no último lugar hoje em credibilidade agora. Não é por acaso, não é por acaso, é falha deste Congresso Nacional é falha de sistema político como um todo. (Repórter) O mestre em Ciência Política, Ricardo Caldas, falou das experiências de vários países, e deixou algumas sugestões, como a criação de uma comissão de auto-regulação e limites de datas para a divulgação dos levantamentos.

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