Governo e oposição divergem sobre prioridades para a pauta de votação no 2º semestre
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Transcrição
LOC: OS GOVERNISTAS QUEREM ARQUIVAR A DENÚNCIA CONTRA O PRESIDENTE MICHEL TEMER E APROVAR AS REFORMAS POLÍTICA E DA PREVIDÊNCIA AINDA EM AGOSTO.
LOC: JÁ A OPOSIÇÃO VAI COBRAR A VOTAÇÃO DA PEC DAS DIRETAS E DE PROJETOS QUE REDUZAM OS JUROS DOS CONSUMIDORES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Apesar de a denúncia contra o presidente Michel Temer ser de responsabilidade dos deputados, o vice-líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, considera prioritário o seu arquivamento no início de agosto para o andamento de outras pautas no Congresso Nacional.
(Fernando Bezerra) Com esse episódio enfrentado e deliberado, teremos uma definição do cenário político, e, consequentemente, sabemos qual será a agenda que o Congresso Nacional vai priorizar. Defendemos que uma agenda de reformas possa continuar, sobretudo, a Reforma da Previdência.
(Repórter) De interesse de governistas e da oposição, a Reforma Política, com o financiamento público de campanha, também será prioritária. O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, espera que a proposta seja aprovada pelos deputados ainda em agosto, assim como a Reforma da Previdência.
(Romero Jucá) A Reforma Política é uma medida urgente que terá que ser feita em agosto e em setembro. Vamos ter que votar uma Emenda Constitucional nas duas Casas. Portanto, o prazo é muito curto e temos que iniciar agosto exatamente tratando dessa matéria. E claro, na Câmara, sem esquecer da Reforma da Previdência, que é uma matéria também urgente.
(Repórter) O líder do PT, senador Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro, antecipou que a oposição está mobilizada contra a Reforma da Previdência. E cobrará a votação da PEC das Diretas e de projetos que reduzam as taxas de juros.
(Lindbergh Farias) Vamos ter uma pauta que é uma pauta de resistência. Já que eles conseguiram aprovar essa Reforma Trabalhista, então impedir a aprovação da Reforma da Previdência é fundamental. A gente quer colocar a PEC das Diretas para ser votada, que já foi aprovada pela CCJ e está pronta para o Plenário.
(Repórter) A PEC prevê a realização de eleições diretas para presidente da República até o terceiro ano do mandato no caso de vacância do cargo. Hoje, esse prazo é de até dois anos. Depois disso, deve ser convocada eleição indireta.