Senadores repercutem manifestação em Copacabana a favor de diretas para presidente da República

Transcrição
LOC: A MANIFESTAÇÃO NA PRAIA DE COPACABANA A FAVOR DA CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÕES DIRETAS PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA REPERCUTIU NO PLENÁRIO DO SENADO.
LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DEVE VOTAR NA QUARTA-FEIRA UMA PROPOSTA QUE AUTORIZA A ELEIÇÃO DIRETA NO CASO DE VACÂNCIA DO CARGO NOS TRÊS PRIMEIROS ANOS DO MANDATO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
TÉC: Os organizadores estimam que 100 mil pessoas estiveram na praia de Copacabana pedindo a saída de Michel Temer e eleições diretas para presidente da República. A Polícia Militar do Rio de Janeiro não faz estimativas de manifestantes. No plenário do Senado, o senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, defendeu a escolha direta do presidente da República, caso haja a vacância do cargo:
(CAPIBERIBE): Levantarmos a bandeira branca da paz e conclamarmos a sociedade brasileira, através de eleições diretas, para escolher alguém que possa conduzir o País para sair da crise, ou seja, para cumprir um período tampão até as eleições de 2018, através do voto do cidadão.
(MAURÍCIO): Já o senador Telmário Mota, do PTB de Roraima, disse que eleições diretas só seriam legítimas se incluíssem o Congresso Nacional. Mas ele avalia que isso não é possível agora. Por isso, defendeu a escolha indireta:
(TELMÁRIO MOTA): Para não haver uma ruptura constitucional. Essa Casa tem nomes de pessoas fantásticas que podem naturalmente conduzir esse país, sim. Numa grande conjuntura, numa grande conciliação para poder ir até o final.
(MAURÍCIO): Mas o senador Lindbergh Farias, do PT fluminense, afirmou que não vai participar da escolha de um novo presidente que exclua a participação popular:
(LINDBERGH): Se alguém acha que tirando o Temer vai ter um presidente com legitimidade, está enganado. É um processo ilegítimo. Vai ser tão ilegítimo quanto o Temer. É o golpe dentro do golpe, nós não participaremos. (MAURÍCIO): Lindbergh Farias disse que caso haja a cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE já há jurisprudência para a convocação de eleições diretas em até 90 dias. Ele acredita que outra saída é a aprovação da mudança constitucional sugerida pelo senador Reguffe, do Distrito Federal, que determina eleições diretas para presidente e vice caso haja vacância dos cargos nos três primeiros anos do mandato. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.
PEC 67/2016