Randolfe diz que suspensão de vestibular com cotas no Amapá afronta a legislação
Transcrição
LOC: DECISÃO JUDICIAL SUSPENDEU EM ABRIL O VESTIBULAR COM COTAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, A UNIFAP.
LOC: A UNIVERSIDADE JÁ RECORREU E AGUARDA A DECISÃO DA JUSTIÇA. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES:
TÉC.: A legislação determina que as instituições públicas implantem gradativamente a reserva de cotas para estudantes negros. A Universidade Federal do Amapá vinha trabalhando com o percentual de 37,5%. E, neste semestre, resolveu ampliar para 50% essa reserva. Um estudante não concordou com a medida e entrou com ação na Justiça para impedir a reserva das vagas na segunda fase do processo seletivo. A universidade recorreu. Assim, desde 20 de abril, a seleção está suspensa, aguardando decisão do Tribunal Regional da 1ª Região sobre o recurso da instituição. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, lembrou que a suspensão do vestibular afronta a legislação e defendeu a política de cotas nas universidades públicas.
(RANDOLFE) “Além do papel de inclusão social, além do papel de reconhecer historicamente a discriminação dos negros, a lei de cotas tem um papel psicológico de inclusão, tem um papel redentor, na medida em que cria para as gerações que virão a consciência de que elas podem ascender socialmente. Ou seja, Lei de Cotas não é favor do Estado brasileiro. É direito conquistado por anos de senzala”.
(Repórter): Estudantes e organizações dos movimentos sociais de direitos humanos fizeram manifestação em frente à Universidade, em defesa do sistema de cotas. O senador Randolfe Rodrigues pediu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região que reverta a suspensão da reserva de vagas para os estudantes da Unifap.