CPI do Futebol apresentou relatório final em julho de 2016 — Rádio Senado
Balanço 2016

CPI do Futebol apresentou relatório final em julho de 2016

A CPI do Futebol foi criada em 2015 após a prisão de cartolas ligados à FIFA devido à investigações de corrupção no futebol mundial. O relatório, cercado de polêmicas, foi apresentado em julho de 2016. Segundo o senador Paulo Bauer (PSDB – SC), os dados apurados na CPI permitiram que a sociedade soubesse quem são os dirigentes que usam o dinheiro do futebol em benefício próprio.

22/12/2016, 17h02 - ATUALIZADO EM 23/12/2016, 09h15
Duração de áudio: 03:40
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DO FUTEBOL FOI CRIADA EM 2015 APÓS A PRISÃO DE CARTOLAS LIGADOS À FIFA DEVIDO À INVESTIGAÇÕES DE CORRUPÇÃO NO FUTEBOL MUNDIAL. LOC: O RELATÓRIO, CERCADO DE POLÊMICAS, FOI APRESENTADO EM JULHO DE 2016. OS DETALHES COM ANA BEATRIZ SANTOS. TÉC: A CPI do Futebol foi criada em 2015 após a prisão de cartolas ligados à Fifa devido a investigações da Justiça norte-americana sobre corrupção no futebol mundial. Durante os trabalhos em 2016, a CPI teve acesso a dados obtidos pela Policia Federal durante a investigação de esquemas de corrupção no esporte. Entre os dados estão e-mails, quebras de sigilo e denúncias que comprovam a interferência da CBF em decisões do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o uso de dinheiro da CBF em caixa dois de campanhas eleitorais e outras irregularidades. No início do ano, o senador Paulo Bauer, do PSDB de Santa Catarina, afirmou que os dados apurados na CPI permitiram que a sociedade soubesse quem são os dirigentes que usam o dinheiro do futebol em benefício próprio. (Bauer) Não é missão da CPI prender gente, quem prende é o Judiciário, quem prende é a policia. Portanto, se nós tivermos identificados atos e fatos ilegais, como de fato eu acho que vamos ter condições de comprovar, caberá ao Judiciário e a todo o serviço policial tomar as providencias para punir os responsáveis. (Ana) Durante os trabalhos o presidente da comissão, senador Romário, do PSB do Rio de Janeiro, teve uma denúncia protocolada no conselho de Ética do Senado por quebra de decoro pelo ex-técnico da seleção Brasileira de futebol masculino, Dunga. Para Romário a iniciativa foi uma manobra para tirar o foco das investigações. (Romário) Se não pudermos falar aquilo que temos que falar, eu como senador e principalmente presidente de uma CPI, vamos passar a viver em outro mundo. Eu tenho certeza que em nenhum momento faltei com decoro parlamentar, até por que em nenhum momento faltei com desrespeito com esses cidadãos. Eu quero dizer que o futebol está essa bagunça que está aí, dentro de campo falando, eles têm que se responsabilizar, não adianta eles correrem dessa responsabilidade. São eles que são os culpados (Ana) O texto final da CPI foi aprovado em novembro de 2016. O relatório do senador Romero Jucá do PMDB de Roraima traçou um panorama do futebol brasileiro e fez recomendações legislativas e de procedimentos às instituições que dirigem o futebol. Jucá defendeu que cabe ao Ministério Público analisar o documento e decidir pelos indiciamentos - se forem encontrados indícios de irregularidades. O presidente da Comissão, senador Romário, do PSB do Rio de Janeiro, acredita que a CPI apurou dados suficientes para sugerir indiciamentos. Romário propôs a Jucá que aceitasse incluir no relatório algumas sugestões de indiciamentos, como os do atual presidente da CBF, Marco Polo del Nero, e dos antecessores. O relator preferiu deixar essas recomendações de fora e, como tinha preferência de votação, a tese de Jucá acabou prevalecendo. Mas Romário lembrou que o texto alternativo foi encaminhado ao Ministério Público. (BRUNO/ JUCÁ/ ROMÁRIO ROMÁRIO): O meu relatório já foi enviado para onde deveríamos enviar e esperando que o MP possa olhar, ver, levantar e fazer seu papel. Porque ali estão indiciadas 9 pessoas que são pessoas que entendemos que cometeram crimes relacionados ao futebol dentro da investigação feita aqui em mais de um ano de CPI (Ana) O texto alternativo de Romário e do senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, pediu ainda o indiciamento de José Maria Marin e Ricardo Teixeira. Da Rádio Senado, Ana Beatriz Santos.

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