Vanessa Grazziotin: Brasil ganhou importância nas discussões do clima da COP 22 — Rádio Senado
Meio Ambiente

Vanessa Grazziotin: Brasil ganhou importância nas discussões do clima da COP 22

18/11/2016, 16h15 - ATUALIZADO EM 18/11/2016, 16h38
Duração de áudio: 03:07
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Transcrição
NO PERÍODO DE 7 A 18 DE NOVEMBRO, BAB IGHLI (BABI IGLI), EM MARROCOS, SEDIOU A 22ª CONFERÊNCIA DAS PARTES, A COP 22 A SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN, DO PC DO B DO AMAZONAS, DESTACOU QUE, AO LONGO DOS ANOS, O BRASIL GANHOU PESO E IMPORTÂNCIA NAS DISCUSSÕES SOBRE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO MUNDO. A REPÓRTER PAULA GROBA, ENVIADA ESPECIAL À MARRAKECH, TRAZ AS INFORMAÇÕES: (Repórter) O Acordo de Paris, firmado no ano passado por mais de 190 países, é considerado o maior marco na contenção do aquecimento global por meio de um compromisso entre a maioria dos países, sejam vulneráveis, em desenvolvimento ou desenvolvidos. Mas a partir do que foi firmado e ratificado, como fazer para que aquelas metas acordadas se tornem ações efetivas? De onde tirar o dinheiro para pagar essas ações, por onde começar? Como fiscalizar se todos estão cumprindo os acordos com o mundo e pelo mundo? É aí que entra a COP 22. A Conferência das Partes sobre o Clima que aconteceu em Marrakech de 7 a 18 de novembro. Reuniões intensas, palestras, trocas de experiências e negociações movimentaram o espaço destinado ao evento, no bairro de Bab Ighli. O Brasil, pela primeira vez, teve um espaço mais amplo para palestras e negociações, uma pequena mostra do crescimento da importância do país nos temas pertinentes às mudanças climáticas. A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, relata que não só o espaço do Brasil mudou durante esses anos nas COPs. A própria negociação e agilidade em firmar compromissos também teve um grande desenvolvimento. (Vanessa Grazziotin) “a gente percebe o quanto as coisas fluem com mais agilidade agora. Há 10 anos era muito mais difícil discutir qualquer coisa, qualquer declaração, por mais que fosse apenas uma declaração política era extremamente difícil aprova-las e foram várias conferências de clima que concluíram sem nenhum resultado, nem carta de declaração nem resultado efetivo, absolutamente nada. A partir do protocolo de Paris, a partir do acordo de Paris, creio que tudo está ocorrendo com mais agilidade (Repórter) Na visão do representante da Coalizão Brasil Clima Florestas e Agricultura, Marcelo Furtado, desta COP sai o mapa do caminho indicando uma reafirmação dos países. E os destaques do Brasil foram discussões sobre temas relevantes, como a precificação do carbono, os pagamentos por resultados pela preservação das florestas, o REDD +, além do lançamento da plataforma Biofuturo, um evento com a participação de mais de 20 países, além do ministro da Agricultura brasileiro Blairo Maggi. (Blairo Maggi) Houve o reconhecimento do grande esforço que a população brasileira, os produtores brasileiros fazem para a melhoria do clima. Com toda certeza, posso dizer o seguinte: se os demais países do mundo fizessem o que o Brasil já faz na área de preservação de água de solo, de reserva legal, de App, o mundo seria bem diferente. Então, acho que o Brasil saiu ganhando, o Congresso Nacional, o Senado Federal, a Câmara que aprovaram o Código Florestal estão de parabéns. A lei foi muito criticada na época, mas hoje o reconhecimento do mundo é muito claro a todos desejavam ter a legislação ambiental que o Brasil tem e eles ainda não conseguiram fazer (Repórter) O Ministério do Meio Ambiente já trabalha na definição das primeiras ações para o cumprimento das metas do Brasil. O documento oficial deve ser anunciado ainda este ano, quando entra em consulta pública.

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