Comissão de Mudanças Climáticas debate investimento na produção em larga escala de biodiesel — Rádio Senado
Meio Ambiente

Comissão de Mudanças Climáticas debate investimento na produção em larga escala de biodiesel

08/11/2016, 19h46 - ATUALIZADO EM 08/11/2016, 19h46
Duração de áudio: 02:50
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O INVESTIMENTO NA PRODUÇÃO DO BIODIESEL EM LARGA ESCALA FOI TEMA DE UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO MISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS. LOC: SETORES ENVOLVIDOS E REPRESENTANTES DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA, ALÉM DA EMBRAPA, APRESENTARAM OS DESAFIOS E AS AÇÕES PARA IMPULSIONAR A PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEL SUSTENTÁVEL. OUÇA OS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) Considerado o combustível do futuro, o biodiesel é um dos biocombustíveis que ainda representa uma pequena parte da matriz energética brasileira e apenas 3% dos combustíveis utilizados no país. Na visão de especialistas e representantes do governo ouvidos pela Comissão Mista de Mudanças Climáticas, para torná-los atrativos e competitivos, os biocombustíveis precisam de apoio do setor público e privado. O Diretor da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene, Donizete Tokarski, lembrou que já é lei o aumento do percentual de biodiesel ao óleo diesel. Ele citou que o transporte público já pode utilizar esse tipo de combustível menos poluente: ( Donizete Tokarski) Nós já temos outra possibilidade do uso, além do uso obrigatório que são os usos facultativos. E é importante que os empresários que têm ponto de abastecimento das suas frotas, podem usar 20 ou 30% de mistura e nós estamos fazendo uma campanha para que as cidades acima de 500 mil habitantes imediatamente adotem 20% nas suas frotas para melhorar a qualidade de vida. (Repórter) Na visão do chefe geral da Embrapa Agroenergia, Guy de Capdeville, os benefícios dos biocombustíveis já são sentidos pelo país desde o início da comercialização do etanol, mas o setor precisa de reforço em investimentos para tecnologia e novos estudos, além de planejamento e logística adequados entre as regiões do país: (Guy de Capdeville) As nossas usinas deverão se modernizar. Elas hoje se baseio em poucas matérias primas, com pucos processos pra produzir poucos produtos. Nós estamos trabalhando no desenvolvimento de ferramentas para que possamos ampliar as ferramentas no uso de biomassas, trazer rotas biológicas e insumos que possam converter essas biomassas em múltiplos produtos de valor agregado. (Repórter) A pesquisadora da Rede Clima, Samya Pinheiro, falou da necessidade de substituição de combustíveis fosseis por biocombustíveis ressaltando o alto impacto da poluição na saúde das pessoas. O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Carvalho Bezerra, anunciou o novo programa do governo federal para estimular a produção de biocombustíveis no país, o Renova Bio 2030 em parceria com entidades ligadas ao setor que estará sob consulta pública no primeiro semestre do ano que vem. O relator da comissão de Mudanças Climáticas, senador Fernando Bezerra, do PSB de Pernambuco, disse que é preciso criar uma nova economia. (Fernando Bezerra) Uma economia sem carbono, ou quase sem carbono, ou com menos carbono e que evidentemente vai mexer com os argumentos para o desenvolvimento dos novos negócios pra que os novos mecanismos de mercado possam ajudar a vencer esse desafio. (Repórter) O Brasil vai apresentar o novo programa de estímulo aos biocombustíveis durante a Vigésima Segunda Conferência das Partes sobre o Clima, que ocorre até o dia 18 de novembro em Marrakech.

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