Venezuela pode ser rebaixada para membro não-pleno do Mercosul — Rádio Senado
Internacional

Venezuela pode ser rebaixada para membro não-pleno do Mercosul

08/08/2016, 21h04 - ATUALIZADO EM 08/08/2016, 21h04
Duração de áudio: 02:04
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Transcrição
LOC: A VENEZUELA PODE SER REBAIXADA PARA MEMBRO NÃO-PLENO NO MERCOSUL. LOC: NO DIA DOZE, UMA REUNIÃO ENTRE BRASIL, ARGENTINA E PARAGUAI VAI VERIFICAR SE O PAÍS CUMPRIU AS EXIGÊNCIAS NECESSÁRIAS E PODERÁ ASSUMIR A PRESIDÊNCIA DO BLOCO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) Em 1º de agosto, a presidência do Uruguai no Mercosul se encerrou e pelo sistema de rodízio, caberia à Venezuela comandar o bloco. Entretanto, os governos da Argentina, do Brasil e do Paraguai manifestaram sua discordância, declarando que o país não cumpriu todas as normas do Mercosul, especialmente a que proíbe a participação de países não democráticos. Os três países estudam rebaixar a Venezuela para impedir a sua presidência. Além do país não ter assinado o Protocolo sobre Direitos Humanos do Mercosul, nesta sexta-feira se completa o prazo para a Venezuela "adquirir a condição de membro pleno” do bloco. Brasil, Paraguai e Uruguai vão se reunir para verificar o cumprimento das exigências necessárias, como explicou o senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo e presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. (Aloysio Nunes Ferreira) Compromissos dessa natureza, digamos comércio, ordem financeira. Agora há também o problema dos direitos humanos que consta do protocolo de adesão. É um país que tem presos políticos, é um país onde não há liberdade de informação, há enormes restrições aos meios de comunicação. A válvula democrática proposta pela oposição para superar essa situação autoritária sofre todos obstáculos de uma corte constitucional controlada pelo governo. (Repórter) A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, defende que a Venezuela deve assumir a presidência do Mercosul, pois não há qualquer decisão contrária. (Gleisi Hoffmann) A gente sabe que o tratado de Assunção, como o protocolo de Ouro Preto, estabelecem de forma inequívoca inclusive, que a presidência pró-tempore do Mercosul é alternada a cada 6 meses entre os estados parte e por ordem alfabética. Então agora caberia à Venezuela. Não há nada que impeça a Venezuela de assumir isso. Não tem nenhuma decisão do Mercosul suspendendo a Venezuela. (Repórter) O Uruguai é o único membro pleno do Mercosul favorável à presidência venezuelana. O país defende que a Venezuela faça parte do bloco até que se aplique a cláusula democrática.

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