Entidades de direitos humanos e profissionais da saúde criticam sugestão de ministro de limitar o SUS
Transcrição
LOC: ENTIDADES LIGADAS AOS DIREITOS HUMANOS E PROFISSIONAIS DA SAÚDE CRITICARAM NESTA TERÇA-FEIRA A POSSIBILIDADE DE O GOVERNO LIMITAR A ATUAÇÃO DO SUS.
LOC: EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS PARA DISCUTIR O SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE, OS CONVIDADOS TAMBÉM SE MANIFESTARAM CONTRA A PEC QUE ESTABELECE UM TETO PARA OS GASTOS PÚBLICOS. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER GEORGE CARDIM.
Téc: Militantes de movimentos sociais, entidades ligadas aos direitos humanos, especialistas e profissionais da saúde se manifestaram contra a possibilidade de o governo diminuir a atuação do SUS. Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, os convidados criticaram o ministro da Saúde, que defendeu uma revisão no tamanho do Sistema Único de Saúde. Ricardo Barros argumentou que o país não tem como sustentar o acesso universal à saúde, previsto na Constituição de 1988. Mas, em seguida, o ministro recuou e negou o encolhimento do SUS. O presidente da CDH, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, explicou que o SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo e lamentou que uma das maiores conquistas sociais do Brasil esteja ameaçada
(Paim) “Percebe-se algumas ameaças ao funcionamento do SUS como se este fora o culpado pelos desarranjos orçamentários. O ministro aparentemente pretende rasgar, se assim o fizer, a Constituição. Em vez de propor melhorias na gestão e fiscalização eficiente de gastos”
(Cardim). Os convidados também criticaram a Proposta de Emenda à Constituição em discussão no Congresso que estabelece um teto para os gastos públicos. Segundo eles, a iniciativa poderia retirar 12 bilhões de reais da saúde nos próximos dois anos. Para o presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, Cornelius Stralen, as entidades e os movimentos sociais devem se mobilizar contra a iniciativa.
(Cornelius) “Isso nos preocupa muito, que na realidade vai criar grandes estrangulamentos para a saúde e outros direitos sociais. Nós temos que nos organizar contra isso, isso vai ser uma luta”
(Cardim). Os senadores e especialistas também destacaram os números relacionados ao SUS. Em 2015, o sistema gastou 106 bilhões de reais e contou com mais de 4 bilhões de atendimentos em consultórios e 11 milhões de internações.
LOC: O SENADOR PAULO PAIM TAMBÉM ANUNCIOU A INSTALAÇÃO NESTA TERÇA-FEIRA, NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DA FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DO SUS.
PEC 241/2016