Prisão preventiva de ex-ministro Paulo Bernardo repercute no Senado — Rádio Senado
Plenário

Prisão preventiva de ex-ministro Paulo Bernardo repercute no Senado

23/06/2016, 18h51 - ATUALIZADO EM 23/06/2016, 19h11
Duração de áudio: 02:16
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: A PRISÃO PREVENTIVA DO EX-MINISTRO DO PLANEJAMENTO E DAS COMUNICAÇÕES, PAULO BERNARDO, REPERCUTIU NO PLENÁRIO NESTA QUINTA-FEIRA. LOC: O SENADO VAI ENTRAR COM RECLAMAÇÃO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONTRA A OPERAÇÃO EM IMÓVEL FUNCIONAL. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam um esquema de corrupção envolvendo o Ministério do Planejamento e o ex-ministro da pasta, Paulo Bernardo. Ele teria direcionado a contratação da empresa Consist Software, que desviou 100 milhões de reais de um serviço de gerenciamento de empréstimos consignados de servidores públicos, entre 2010 e 2015. A presidência do Senado solicitou à Advocacia da Casa que entre com reclamação junto ao Supremo Tribunal Federal contra decisão de busca e apreensão em um imóvel funcional do Senado. Paulo Bernardo é marido da senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná. O entendimento é de que o juiz Sérgio Moro deveria ter ouvido o STF antes, pelo fato de ser um imóvel onde reside uma senadora, com foro privilegiado. A senadora Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, leu em plenário uma nota da senadora Gleisi. Ela afirma que, desde que o processo começou, Paulo Bernardo se colocou inúmeras vezes à disposição da Justiça e sempre esteve totalmente disponível, tendo endereço conhecido. Para Gleisi, a operação tem por objetivo desviar o foco da opinião pública para garantir o impeachment. Já o senador Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul, afirmou que as operações da Lava Jato “impulsionam um importante movimento de limpeza na política nacional”. (Lasier Martins) “Essa operação nos deixa claro que passamos por um verdadeiro processo de depuração. A corrupção no Brasil vem de décadas, e sempre se lamentou que a impunidade perdurava indefinidamente, o que não mais acontece.” (Repórter) O senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, disse que é preciso tomar cuidado para que, paralelamente à luta contra a corrupção, não haja uma agressão à soberania brasileira. (Roberto Requião) “Temos que apoiar, sim, a ação do Ministério Público e a firmeza de certos juízes contra a corrupção, mas temos que ver que, atrás disso, existe um movimento de entrega do Brasil. É a entrega da Amazônia; é a entrega da Petrobras; é o fim dos direitos trabalhistas;” (Repórter) Além de Paulo Bernardo, outras 10 pessoas também tiveram prisão preventiva decretada na operação Custo Brasil.

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