Randolfe apresenta voto em separado ao relatório da CPI do HSBC

Transcrição
LOC: O VICE-PRESIDENTE DA CPI DO HSBC, RANDOLFE RODRIGUES, APRESENTOU UM VOTO EM SEPARADO AO RELATÓRIO DO SENADOR RICARDO FERRAÇO. LOC: NO DOCUMENTO, RANDOLFE PEDE A REJEIÇÃO DO PARECER DO RELATOR E RECOMENDA O APROFUNDAMENTO DAS INVESTIGAÇÕES DE BRASILEIROS COM MOVIMENTAÇÕES SUSPEITAS EM CONTAS NO EXTERIOR. DETALHES COM PAULA GROBA. (Repórter) No relatório, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, pede a rejeição do parecer já apresentado pelo relator da CPI, senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo. Na análise de Randolfe, a CPI ainda não concluiu seus trabalhos, pois não apurou os dados oficiais enviados pelas autoridades francesas. Randolfe se baseia nos relatórios de Inteligência Financeira do Coaf, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, que apontou movimentações atípicas em algumas contas. Ao contrário do relator, que afirmou que a comissão não possui capacidade técnica, nem tempo hábil para decodificar os dados sobre as cerca de 8 mil e 600 contas de brasileiros no exterior, Randolfe afirma que a comissão detém o disco rígido cedido pelo Ministério da Justiça da França e dispõe das senhas necessárias para o pleno acesso aos dados registrados. O vice-presidente ainda reforçou que a comissão não concluiu uma série de oitivas com brasileiros que, segundo o Coaf, tiveram movimentações financeiras suspeitas. Randolfe recomenda o aprofundamento das investigações. (Randolfe Rodrigues) A CPI na prática acabou sendo prejudicada quando em julho nós desquebramos o sigilo bancário de 10 pessoas físicas que anteriormente tiveram seu sigilo quebrado. Meu voto em separado, o núcleo dele é pedir o aprofundamento das investigações sobre estes. (Repórter) Entre os nomes de brasileiros com contas no exterior que devem ser investigados, o vice-presidente da comissão citou Henry Royer, apontado como substituto do doleiro Alberto Youssef no esquema de desvio de recursos da Petrobras; os ex-diretores do Metrô de São Paulo, Ademir Venâncio de Araújo e Paulo Celso Moreira da Silva; e nomes ligados à família Queiroz Galvão. A comissão volta a se reunir nesta quarta-feira para a votação do relatório final.