Presidente do Senado confirma para esta terça votação da nova meta fiscal — Rádio Senado
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Presidente do Senado confirma para esta terça votação da nova meta fiscal

23/05/2016, 19h47 - ATUALIZADO EM 23/05/2016, 19h54
Duração de áudio: 02:35
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PRESIDENTE DO SENADO CONFIRMA PARA ESTA TERÇA-FEIRA A VOTAÇÃO DA NOVA META FISCAL DO GOVERNO TEMER. LOC: MAS O PT ANUNCIA OBSTRUÇÃO APÓS DENÚNCIAS CONTRA O MINISTRO LICENCIADO DO PLANEJAMENTO, QUE REASSUME O MANDATO DE SENADOR. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC (Repórter): O presidente interino Michel Temer entregou pessoalmente ao presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, a nova meta fiscal. Na última sexta-feira, a nova equipe econômica anunciou um déficit de R$ 170 bilhões neste ano. O projeto, que já está em discussão, encaminhado pela presidente afastada Dilma Rousseff, previa um rombo de R$ 96 bilhões em 2016. Renan Calheiros afirmou que a licença de Romero Jucá do PMDB de Roraima do Ministério do Planejamento não vai comprometer a votação da meta prevista para a sessão do Congresso desta terça-feira. (Renan) A obstrução é regimental. Não vamos de forma nenhuma atropelar o Regimento. Mas vou ajudar o governo Michel da mesma forma que ajudei a presidente Dilma. Porque não é o Michel, é o Brasil, é o interesse nacional. Do ponto de vista do Congresso Nacional, o que for possível vamos fazer para ajudar o Brasil. O Brasil precisa encontrar uma saída, não é o governo Temer, é o Brasil. E o Temer é a única saída constitucionalmente à vista. Então, ela precisa ser ajudada. (Repórter): A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, disse que o partido vai obstruir a votação da mudança da meta. (Gleisi) Quem estava criticando a presidenta de mandar um orçamento com déficit e uma mudança de meta, e usou esses argumentos para dar entrada no processo de impeachment, agora traz uma meta para um rombo muito maior. Não tem justificativa para isso que está acontecendo. Acredito deve ser para que o governo tenha um cheque em branco para pagar a conta do impeachment. (Repórter): Logo após a entrega da mudança na meta, Romero Jucá anunciou que reassume nesta terça-feira o mandato de senador. Disse que se licenciou do cargo de ministro do Planejamento até que o Ministério Público, a pedido dele, se manifeste sobre as denúncias de “estancar” as investigações da Lava Jato reveladas numa conversa gravada com o presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Romero Jucá negou a acusação. (Jucá) Não há nenhum tipo de interferência minha na Lava Jato. Ao contrário, eu ajudei a Lava Jato porque ajudei na recondução do Janot aqui no Senado porque entendo que o Ministério Público está fazendo um grande trabalho e o juiz Sérgio Moro também. Não há da minha parte nenhuma intenção e nem eu tenho condição de obstruir coisa nenhuma. Quem fala nisso não sabe o que é a Justiça e não está acompanhando as investigações. (Repórter): Romero Jucá será substituído interinamente no Ministério do Planejamento pelo secretário-executivo Dyogo Oliveira. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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