CAE deve começar a analisar nome do novo presidente do Banco Central

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LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DEVE COMEÇAR A ANALISAR NOS PRÓXIMOS DIAS O NOME DO NOVO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL LOC: A INDICAÇÃO DO ECONOMISTA ILAN GOLDFAJN FOI FORMALIZADA NESTA SEXTA-FEIRA E VAI, AGORA, SER LIDA NO PLENÁRIO DO SENADO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TÉC: Para assumir a presidência do Banco Central, Ilan Goldfajn terá que passar por uma sabatina no Senado. O nome dele, indicado pelo presidente interino Michel Temer, precisa ser aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos e, depois, no plenário da Casa. Goldfajn é sócio do Itaú Unibanco e ocupava o cargo de economista-chefe. A expectativa do Governo é que o nome fosse aprovado antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom, marcada para os dias 7 e 8 de junho. A presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, antecipou que vai respeitar os prazos estabelecidos no regimento interno. Dessa forma, na terça-feira será escolhido o relator, que apresentará seu parecer dentro de uma semana. Só então seria pautada a sabatina, já em junho. Para Gleisi, não existem impedimentos para que a reunião e a sabatina aconteçam na mesma semana. (Gleisi) “Não vejo problema nenhum. Mas obviamente, se o Governo tivesse interesse de que isso acontecesse antes, até porque o pessoal conhece bastante o regimento do Senado, já teria mandado o nome para que a CAE pudesse encaminhar. Teria dado tempo de pautar o parecer, por exemplo, já na próxima terça. Nós não vamos nem atropelar o regimento e nem desrespeitá-lo em termos de prazo.” (REP) Porém, caso haja a aprovação de um requerimento de regime de urgência, a indicação de Goldfajn poderá ser aprovada em plenário no dia 31 de maio. A votação, tanto na comissão como em plenário, acontece de forma secreta. O senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, pediu apoio dos demais senadores para uma Proposta de Emenda à Constituição que deve ser enviada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ela garante autonomia técnica e decisória do Banco Central. Raupp defende que a atuação do Banco Central seja apartidária e isenta, voltada aos interesses do país e não do governo do momento. (Raupp) “Não existe uma garantia normativa, constitucional, para o exercício autônomo de prerrogativas pelo Banco Central. Há sempre o risco de interferência política na instituição. E tivemos relatos nesse sentido, nos últimos anos, com graves consequências para a economia do País.” (REP) Alexandre Tombini continua na presidência do Banco Central nesse período de transição, até a aprovação do nome de Goldfajn no Senado. Da Rádio Senado, Marcella Cunha