Conheça a opinião de brasileiros que acompanham a votação do processo de impeachment na Esplanada dos Ministérios — Rádio Senado
Processo de Impeachment

Conheça a opinião de brasileiros que acompanham a votação do processo de impeachment na Esplanada dos Ministérios

11/05/2016, 15h30 - ATUALIZADO EM 11/05/2016, 15h37
Duração de áudio: 03:02
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O QUE PENSAM OS BRASILEIROS QUE ACOMPANHAM, NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS, EM BRASÍLIA, A VOTAÇÃO DO PROCESSO DE IMPEACHMENT? LOC: A REPÓRTER MARCELA DINIZ COLHEU ALGUMAS OPINIÕES. VAMOS ACOMPANHAR: TEC: (Repórter) Antônio Elismar é maître e mora no Riacho Fundo II, no Distrito Federal. Foi um dos primeiros a chegar à Esplanada dos Ministérios para acompanhar a votação do processo de impeachment, no Senado. Ele é favorável ao afastamento da presidente Dilma Roussef e à reforma política: (ANTONIO ELISMAR) Uma reforma política, se vier agora, seria muito bom, pra mostrar pra esse povo que tá aí que tem jeito, né? (Repórter) O Henrique Gabriel Silva se mudou para Brasília há dois meses, é de Montes Claros, Minas Gerais, e está desempregado: (HENRIQUE GABRIEL) Hoje, né, tá muito difícil de arrumar emprego; tantos milhões de brasileiros sem emprego, hoje, acho que tirando ela vai melhorar um pouco. (Repórter) Também favorável ao impeachment, o médico aposentado da Previdência Social, Jessé de Vasconcelos, de 72 anos, veio de Recife especialmente para acompanhar a votação no Senado. Ele discorda da política do governo Dilma e pede melhorias para os médicos peritos do INSS: (JESSÉ DE VASCONCELOS) Deve ser aprovada a jornada de 30 horas e que a profissão de perito seja considerada atividade de Estado. Igualdade do aposentado com os ativos e acabar com essa política de médicos cubanos. O Brasil tem muito médico, precisa de condições para trabalhar. (Repórter) Quem também chegou cedo à Esplanada dos Ministérios foi um grupo de universitários do movimento “Universidade Sem Medo”, de Paranavaí, no Paraná. Eles vieram a Brasília se manifestar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O estudante de História, Dilson Oliveira, teme a perda de espaço de diálogo com os movimentos sociais: (DILSON OLIVEIRA) Acredito que a gente vai entrar numa recessão muito grande no sentido social. Acho que os movimentos sociais vão regredir muito daqui pra frente. Queira ou não queira, esse governo que se apresenta é um governo de direita e a direita pouco dialoga com os movimentos sociais. (Repórter) O Rodrigo Ramos faz serviço social na Universidade Estadual do Paraná e lamenta o avanço de forças políticas conservadoras: (RODRIGO) Eu acho lamentável, principalmente para nós, do movimento lgbt, pro movimento estudantil, porque a gente sabe que o grupo que pode tomar o poder é um grupo muito diferente do governo atual. (Repórter) Jussara Barbosa da Silva veio de Sergipe e é da União Nacional por Moradia Popular. Para ela, os movimentos sociais continuarão mobilizados: (JUSSARA) Vamos continuar na rua, e não vamos sair, até porque entendemos que as pedaladas que foram dadas pela Dilma também foram dadas pelo Temer. Nós não somos a favor de corrupção, mas não vamos ser a favor de um golpe que está sendo implantado aqui no nosso país. (Repórter) Em viagem de turismo, a universitária Thayane Moraes, do Rio de Janeiro, foi à Esplanada, mas se diz neutra sobre o impeachment. Como cidadã, espera melhorias na educação: (Thayane) Valorização dos professores, colocar escolas melhores porque eu acho que a gente só vai ter um futuro melhor com as crianças, com a educação das crianças. (Repórter) Os manifestantes pró e contra o impeachment foram separados por um muro na Esplanada dos Ministérios, como havia acontecido durante a votação do impeachment na Câmara dos Deputados, no dia 17 de abril. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

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