Onze partidos encaminharam pela admissibilidade do processo de impeachment — Rádio Senado
Impeachment

Onze partidos encaminharam pela admissibilidade do processo de impeachment

06/05/2016, 18h25 - ATUALIZADO EM 06/05/2016, 18h25
Duração de áudio: 02:33
Comissão Especial do Impeachment 2016 (CEI2016) realiza reunião de trabalho para o encaminhamento pelos líderes e votação do Relatório. 

Mesa: 
secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho; 
presidente da CEI2016, senador Raimundo Lira (PMDB-PB); 
relator da CEI2016, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG); 
senador Blairo Maggi (PR-MT) 

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: ONZE PARTIDOS ENCAMINHARAM VOTO SIM PELA ADMISSIBILIDADE DO PROCESSO DE IMPEACHMENT CONTRA A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF. APENAS TRÊS FORAM CONTRÁRIOS. LOC: ACUSAÇÕES DE CRIME DE RESPONSABILIDADE E RECLAMAÇÕES DE GOLPE E ATENTADO À DEMOCRACIA MARCARAM A VOTAÇÃO NA COMISSÃO ESPECIAL. REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) Representantes de 14 partidos fizeram encaminhamentos durante a votação do parecer do senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, pela admissibilidade do processo contra a presidente Dilma Rousseff. A maioria, 11 partidos, foi favorável ao relatório e justificou o encaminhamento do voto sim afirmando que a presidente cometeu crimes de responsabilidade e que a decisão não era somente jurídica, mas também política. O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima, da Paraíba, ressaltou que Dilma Rousseff cometeu crimes de responsabilidade e que o governo dela gerou a mais grave crise econômica do país. (Cássio Cunha Lima) A presidente Dilma Rousseff está sendo julgada e será punida por crimes de responsabilidades que ela cometeu. Foi essa fraude fiscal que empurrou o Brasil para a maior crise da sua história. E faltou portanto, neste instante, também em nome do povo brasileiro, dos trabalhadores desempregados. E é por estas razões, técnicas e jurídicas que nós estamos encaminhando o voto sim pela admissibilidade do processo. (Repórter) Representando o PSD, o senador José Medeiros, de Mato Grosso, declarou que o impeachment está em curso devido a uma demanda da própria sociedade. (José Medeiros) Com certeza o povo brasileiro olha pra essa Casa e diz: Vem tarde. Esse processo não é dessa Casa, esse processo é da população brasileira que foi às ruas exigir que o Legislativo brasileiro tomasse posição diante dos desmandos que estavam acontecendo. (Repórter) No campo oposto, três partidos se manifestaram contra o processo. Pelo PDT, o senador por Roraima, Telmário Mota, defendeu a presidente Dilma e disse que o relatório produzido por Anastasia é um atentado contra a Constituição e a democracia. (Telmário Mota) Esse processo de impeachment não está fundamentado na Lei. É verdade que o relatório do senador Anastasia vai entrar pra história sim, mas vai entrar pra história como aquele que rasgou a Constituição brasileira, que destruiu a nossa democracia. (Repórter) Já em nome do Partido dos Trabalhadores, a senadora Gleisi Hoffmann, do Paraná, disse que o relatório representa um golpe. (Gleisi Hoffmann) O relatório é uma peça de acusação, marca a injustiça de um golpe contra a constituição e a democracia, mas sobretudo contra uma mulher que não cometeu crime algum. E que esse processo foi iniciado por quem ontem foi afastado por unanimidade pelo Supremo por desvio de poder. (Repórter) Se o parecer for aprovado pelo Plenário do Senado, o processo contra a presidente Dilma é formalmente instaurado.

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