Senadores repercutem desdobramentos das manifestações ocorridas no último domingo — Rádio Senado
Plenário

Senadores repercutem desdobramentos das manifestações ocorridas no último domingo

14/03/2016, 20h25 - ATUALIZADO EM 14/03/2016, 20h25
Duração de áudio: 03:22
Plenário do Senado durante sessão não deliberativa.
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: OS SENADORES REPERCUTIRAM NESTA SEGUNDA-FEIRA OS DESDOBRAMENTOS DAS MANIFESTAÇÕES OCORRIDAS NO ÚLTIMO DOMINGO. LOC: PARA MUITOS, A INSATISFAÇÃO VAI ALÉM DO ATUAL GOVERNO E ATINGE TODA A CLASSE POLÍTICA. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, disse que muitos manifestantes foram às ruas para protestar contra a corrupção em geral. E ressaltou que chegaram vaiar, inclusive, políticos de oposição ao Governo Dilma. (Vanessa Grazziotin) “Numa clara demonstração de que sabem que a corrupção é algo, infelizmente, sistêmico no nosso país, que não atinge o centro do poder federal, mas, que de igual forma, está presente nos estados, está presente nos municípios”. (Repórter) Para o senador José Medeiros, do PPS de Mato Grosso, é preciso ouvir o apelo das ruas, buscar um grande diálogo e novos rumos para a economia. No entanto, o senador tem dúvidas de que isso seja possível com a permanência da presidente Dilma Rousseff no cargo. (José Medeiros) O recado das ruas foi duro. Agora, todos têm que prestar atenção nesse recado. E quando vejo que os heróis brasileiros passam a ser a Polícia Federal, os juízes e os promotores, é sinal vermelho – e com sinal sonoro ainda - para toda a classe política.” (Repórter) Já o senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, disse que o movimento pelo impeachment da presidente Dilma busca reduzir direitos sociais e trabalhistas, e não se sustenta por falta de argumentos jurídicos. (Lindbergh Farias) “Eu quero chamar a atenção do povo brasileiro, em especial dos mais pobres, dos trabalhadores, para entenderem qual a causa de todo esse movimento. Eu não tenho dúvidas em afirmar que esse movimento tem como objetivo claro a retirada de direitos conquistados no último período.” (Repórter) O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, da Paraíba, disse que uma das saídas para a crise passa pela análise da Justiça Eleitoral do impedimento da chapa Dilma e Michel Temer. Ele defendeu que as eleições foram ganhas de forma ilícita, já que várias delações premiadas na operação Lava Jato comprovaram que o dinheiro da corrupção financiou a campanha. (Cássio Cunha Lima) “Os prazos da justiça eleitoral são bastante diferenciados do da justiça comum. Então há prazo suficiente para que nós possamos ter o julgamento por parte do TSE, a eventual cassação da chapa e eleições para presidente da república junto com as eleições municipais.” (Repórter) Porém, a senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, rebateu dizendo que os protestos dão espaço para o crescimento da extrema direita no país. E enfatizou o perfil dos manifestantes: de classe média, maior escolaridade e capacidade econômica. (Gleisi Hoffmann) – “Portanto, precisamos defender a legalidade e a constitucionalidade. Qualquer, qualquer solução fora isso coloca em risco o sistema democrático brasileiro.” (Repórter) O senador Romero Jucá, de Roraima, novo vice-presidente do PMDB nacional, disse que o partido não terá nenhuma ingerência sobre a condução política e econômica do país, mas permanece no Governo. (Romero Jucá) “Não é simples reconstruir uma base com uma conflagração dessas. De desemprego, de desestruturação, de inflação, de queda da economia brutal como tá ocorrendo há 3 anos. Então, nós temos um quadro que ele foge da política, ele impacta a vida das pessoas.” (Repórter) Os senadores também ressaltaram a ausência de violência durante as manifestações, que aconteceram em todos os estados do país.

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