Senadores repercutem condução coercitiva do ex-presidente Lula — Rádio Senado
Plenário

Senadores repercutem condução coercitiva do ex-presidente Lula

07/03/2016, 19h54 - ATUALIZADO EM 07/03/2016, 19h54
Duração de áudio: 02:49
Plenário do Senado durante sessão não deliberativa.

 

Foto: Beto Barata/Agência Senado
Beto Barata/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CONDUÇÃO COERCITIVA DO EX-PRESIDENTE LULA REPERCUTIU NO SENADO NESTA SEGUNDA-FEIRA. LOC: SENADORES DA BASE ALIADA E A OPOSIÇÃO DISCORDARAM SOBRE A LEGALIDADE DO PROCEDIMENTO ADOTADO NA ÚLTIMA SEXTA-FEIRA. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) Os acontecimentos da vigésima quarta fase da operação Lava Jato envolvendo o ex-presidente Lula repercutiram no plenário do senado. Para o senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, a operação Lava Jato cumpre um papel importante no combate à corrupção e na recuperação do dinheiro desviado da Petrobras. (João Capiberibe) “Confiamos que todos as investigações em curso que desejam respeito a atos de desvio de conduta ou de corrupção sigam o seu trâmite em todas as instâncias da justiça sem abalos ou pressões e que sejam conduzidas de forma célere e justa.” (Repórter) Já o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, considerou a condução coercitiva um exagero da justiça e manifestou solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Paulo Paim) “Façam toda a investigação que acharem que tenham que fazer, da pessoa mais simples desse país à do mais alto escalão. Mas não precisava levar o ex-presidente da república sob vara para dar um depoimento.” (Repórter) O senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, atribuiu a condução coercitiva a uma conspiração da mídia e do Ministério Público. Ele afirmou que o ex-presidente foi vítima de um sequestro ilegal e criminoso. (Lindbergh Farias) “Façam Sempre tentaram baixar a cabeça de Lula. Nunca conseguiram. A miséria asfixiante não conseguiu, a fome não conseguiu, os preconceitos não conseguiram, a ditadura não conseguiu, não será esse grupelho golpista que vai conseguir. (Repórter) O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima, da Paraíba, defendeu que esta questão não deve tirar o foco nem desqualificar a operação Lavajato. (Cássio Cunha Lima) “Opiniões se houve ou não abusos, vai ter. o fato é que essas investigações têm que ter curso, têm que ter sequência e que elas sirvam para revelar a verdade, que é isso o que a população brasileira deseja nesse instante”. (Repórter) Para o senador José Medeiros, do PPS de Mato Grosso, o acontecimento não pode macular nem diminuir o valor das instituições brasileiras, como o Ministério Público Federal. (José Medeiros) “Essa crise toda tem que ser uma oportunidade para eventualmente até melhorarmos as instituições. Mas não querermos, que por que, um ex-presidente foi intimado, ele não possa, foi levado para depoimento, essas instituições tenham que ser destruídas” (Repórter) A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, criticou a ida da presidente Dilma Rousseff a São Paulo no sábado para visitar Lula. (Ana Amélia) “Eu penso que alguns atos devem ser medidos. Ela demorou dez dias, uma semana, para decidir a visita a Mariana, a maior tragédia ambiental do país”. ” (Repórter) Em nota, o Ministério Público Federal afirmou que a condução coercitiva é juridicamente prevista e endossada pelos tribunais do país. Os advogados de Lula rebateram, dizendo que ele já prestou três depoimentos e que a medida não poderia ter sido requerida.

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