Delcídio do Amaral é solto depois de 87 dias de prisão — Rádio Senado
Judiciário

Delcídio do Amaral é solto depois de 87 dias de prisão

19/02/2016, 20h55 - ATUALIZADO EM 19/02/2016, 20h55
Duração de áudio: 01:57
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O SENADOR DELCÍDIO DO AMARAL FOI SOLTO NA NOITE DESTA SEXTA-FEIRA, APÓS 87 DIAS DE PRISÃO. LOC: A EXPECTATIVA É QUE ELE RETOME NORMALMENTE AS ATIVIDADES DE SENADOR NESTA SEGUNDA-FEIRA, COMO CONTA A REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) O senador Delcídio do Amaral, do PT do Mato Grosso do Sul, foi preso no dia 25 de novembro, acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato. Agora, o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, relator dos processos da operação, entendeu que o atual cenário não requer medidas extremas. Ele afirmou, ainda, que os atos de investigação que poderiam sofrer interferência já foram finalizados. Por isso, determinou a prisão domiciliar do senador, o primeiro a ser preso durante o exercício do mandato. Delcídio assinou um termo de compromisso nas dependências do Primeiro Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, onde estava preso desde dezembro. Mas Luiz Henrique Machado, um dos advogados de Delcídio, explica que algumas questões do documento ainda precisam ser esclarecidas. (Luiz Henrique Machado) “Tem uma discussão muito grande ainda sobre a proibição de contato em relação a demais investigados. Ele é parlamentar. Como é que fica essa questão? A gente precisa elucidar. A própria questão do domicílio dele em Brasília, uma vez que ele é parlamentar. Então são algumas questões que nós vamos ter que peticionar para o Juiz da 12ª vara para obter maiores informações. (Repórter) Segundo o advogado, a proibição do contato poderia comprometer as atividades parlamentares, já que outros 13 senadores também são investigados pela Operação. Além disso, a defesa vai indagar a necessidade de recolhimento durante a noite, já que algumas sessões da Casa acontecem neste período. O senador Delcídio não poderá deixar o país e deve entregar seu passaporte à Justiça. Ele também deverá se apresentar a um juiz a cada quinze dias. Caso o processo de cassação do mandato do senador, que tramita atualmente no Conselho de Ética, seja aprovado pelo Plenário, ele deverá cumprir a prisão domiciliar integral.

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