Mais de 90% dos taxistas acreditam que houve diminuição de passageiros em 2015

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LOC: MAIS DE NOVENTA POR CENTO DOS TAXISTAS DO PAÍS ACREDITAM QUE HOUVE DIMINUIÇÃO DE PASSAGEIROS NO ANO PASSADO. ALÉM DA CRISE ECONÔMICA, ELES ATRIBUEM A QUEDA À CONCORRÊNCIA COM O UBER. LOC: OS NÚMEROS SÃO DA PRIMEIRA PESQUISA FEITA PELA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE COM O PERFIL DOS TAXISTAS. NO SENADO, DOIS PROJETOS PROPÕEM A REGULAMENTAÇÃO DO UBER - SERVIÇO QUE TEM FEITO CONCORRÊNCIA DIRETA COM OS TAXISTAS, COMO INFORMA A REPÓRTER NARA FERREIRA. (Repórter) A pesquisa da CNT foi feita em novembro passado com mil taxistas nas principais cidades de 12 estados. A categoria indicou como pontos positivos da profissão, a flexibilidade no horário de trabalho, e a estabilidade. Entre os problemas identificados estão a insegurança - mais de um quarto deles foram assaltados pelo menos uma vez nos últimos dois anos – e as dificuldades econômicas, com alta dos preços dos combustíveis e burocracia excessiva para obter a licença. Também preocupa a categoria a concorrência com o UBER, um aplicativo de celular que oferece transporte à população. Esse serviço tem se popularizado, mas é alvo de batalhas judiciais. Segundo a pesquisa CNT, nas cidades onde o Uber opera, 72% dos taxistas disseram ser contra a legalização, e quase 60% consideram a possibilidade de oferecer um serviço diferenciado para tornar o taxi mais vantajoso na disputa com a concorrência. No Senado, dois projetos prevêm a regulamentação do Uber. O do senador Ricardo Ferraço, do Espírito Santo, inclui o Uber no Plano Nacional de Mobilidade Urbana. Ferraço afirma que o Uber tem todos os ingredientes necessários para a eficiência: redução de custo, racionalidade, e incorporação de tecnologia e inovação. (Ricardo Ferraço) Que nós possamos ter a regulamentação dessa prestação de serviço em nível nacional, para que o Brasil, de ponta a ponta, tenha uma regra. (Repórter) O projeto apresentado pelo senador Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul, também prevê que o Uber obedeça regras específicas. Mas os municípios seriam responsáveis por fiscalizar a atividade. (Lasier Martins) Isto vai propiciar uma livre concorrência. As exigências desse serviço são as mesmas do táxi. Vai generalizar a permissão para o transporte privado de qualidade, vai ser uma lei geral para o país, o que não temos até agora. (Repórter) O projeto do senador Lasier Martins aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça, já o do senador Ricardo Ferraço, está na Comissão de Assuntos Econômicos. PLS 530/2015 e PLS 726/ 2015