Governo e oposição divergem sobre reajuste do salário mínimo

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LOC: GOVERNISTA AVALIA QUE NOVO REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO CONCEDIDO PELA UNIÃO NÃO É NENHUM FAVOR. DECRETO PRESIDENCIAL ELEVOU DE 871 PARA 880 O PISO A PARTIR DE JANEIRO. LOC: OPOSICIONISTA CHAMA A MEDIDA DE POPULISTA E ALERTA PARA O DEFICIT NA PREVIDÊNCIA E NOS GOVERNOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. TÉC (Repórter): O Congresso Nacional aprovou no Orçamento de 2016 um salário mínimo de R$ 871. Mas o governo federal elevou o valor para R$ 880 a partir de janeiro para assegurar a política de valorização do piso salarial, que é a média do crescimento econômico dos dois últimos anos e da inflação do ano anterior. Para conceder um reajuste de 11,6% em relação ao valor atual de R$ 788, a equipe econômica considerou um PIB de 0,1% e uma inflação de 11,57%. Já o Congresso Nacional e o próprio mercado preveem uma retração superir a 3% e um aumento dos preços de 10,7%. Inicialmente, o governo sugeriu um piso de R$ 865,50 contra os R$ 788 atuais. O senador Paulo Paim do PT do Rio Grande do Sul disse que o aumento maior não cobre o fraco desempenho da economia. (Paim) Se arredondasse para menos, ele não cumpriria a política do salário mínimo. Quando arredonda para mais ele faz justiça por não retirar do aposentado aquilo que ele tem por lei. Embora, queria que o País estivesse em alta e o PIB fosse maior. (Repórter): Apesar de ser favorável a um aumento maior do salário mínimo, o senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará, classificou o reajuste de 11,6% como populismo ao citar os discursos do próprio governo de dificuldades financeiras e do rombo na Previdência. (Flexa) Esse é um cálculo definido por uma regra que vem sendo seguida há anos. Agora vem o ministro do Trabalho arredondando para cima, ou seja, aumentando os gastos num momento em que o País está numa crise. (Repórter): Pelo menos 51 milhões de trabalhadores recebem um salário mínimo, mesmo valor pago a 22,5 milhões de aposentados e pensionistas do INSS. Da Radio Senado, HC.