Pressão parlamentar adia decisão sobre cassinos, casas de bingo, jogo do bicho e caça-níqueis — Rádio Senado
Jogos de azar

Pressão parlamentar adia decisão sobre cassinos, casas de bingo, jogo do bicho e caça-níqueis

Parlamentares de diferentes partidos conseguiram retirar de pauta do Plenário dessa quarta-feira o projeto que libera o funcionamento de cassinos e bingos e legaliza o jogo do bicho, caça-níqueis, jogos on-line e apostas em corridas de cavalos (PL 2.234/2022). O senador Eduardo Girão (Novo-CE) insistiu que a proposta aumentará o endividamento e a ludopatia. O relator, senador Irajá (PSD-TO), declarou que o projeto apenas vai legalizar o que funciona de maneira clandestina.

18/12/2025, 13h32
Duração de áudio: 02:21
Foto: Jeferson Rudy e Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
Senadores de diversos partidos mais uma vez se mobilizaram para impedir a votação do projeto que vai liberar os cassinos e as casas de bingos e legalizar o jogo do bicho, os caça-níqueis, os jogos on-line e as apostas em corridas de cavalos.  A proposta foi incluída como extra-pauta na última sessão do Plenário. Ao citarem a situação das bets, os senadores contrários argumentam que a legalização do que chamaram de jogatina é ruim porque vai aumentar o endividamento e a ludopatia, que é o vício em jogos, além de facilitar a lavagem de dinheiro pelo crime organizado.  O senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará, afirmou que a articulação suprapartidária continua para rejeitar o projeto de uma vez por todas.   (senador Eduardo Girão) "Porque esse projeto amplia a desgraça que o povo brasileiro está sofrendo. O Senado Federal cometeria um outro grande equívoco, como errou quando aprovou com meu voto contrário e de poucos colegas aqui as bets. Precisa de um debate mais aprofundado sobre isso. Esse projeto não pode avançar com o Brasil já com tanta lavagem de dinheiro, corrupção, crime organizado e isso aí envolve tudo em relação a cassino, bingo. A gente já tem um histórico terrível com relação a isso". Ao rebater os argumentos, o relator, senador Irajá, do PSD do Tocantins, destacou que o projeto condiciona o funcionamento dos cassinos a investimentos que podem chegar a R$ 100 milhões, à autorização do Ministério da Fazenda e ao pagamento de taxas e impostos.  Ao citar uma estimativa de arrecadação de R$ 20 bilhões, ele declarou que a proposta vai legalizar o que já funciona de maneira clandestina.  (senador Irajá) "Na verdade, o projeto não chegou a ser incluso na extra-pauta, que era esse requerimento que nós estávamos discutindo, com isso, há um adiamento da discussão do mérito. Agora tem que sentar com o presidente Davi, os líderes, fazer uma avaliação e daí deve tomar uma decisão em relação ao melhor momento para votar. É o que nós todos temos defendido: a geração de emprego e renda e impostos para o país, que infelizmente hoje nós não temos nenhum tipo de arrecadação porque tudo está funcionando de forma clandestina. Portanto, passa a ser uma grande oportunidade para o País". O projeto da legalização dos jogos de azar deverá voltar para a pauta do Plenário no ano que vem. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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