Senadores cobram do STF definição sobre doação de empresas para campanhas políticas — Rádio Senado
Reforma Política

Senadores cobram do STF definição sobre doação de empresas para campanhas políticas

10/09/2015, 17h23 - ATUALIZADO EM 10/09/2015, 17h23
Duração de áudio: 02:14
Ana Volpe / Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES LAMENTAM DECISÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS DE PERMITIR AS DOAÇÕES DE EMPRESAS PARA AS CAMPANHAS POLÍTICAS. LOC: E COBRAM DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL UMA DEFINIÇÃO SOBRE O ASSUNTO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: Ao contrário do texto aprovado pelo Senado, a Câmara dos Deputados voltou a permitir a doação de empresas para partidos políticos até o limite de 20 milhões de reais. E acabou com a limitação às coligações partidárias nas eleições proporcionais. Para o relator da reforma política no Senado, Romero Jucá, do PMDB de Roraima, a vontade dos deputados deve ser respeitada: (ROMERO JUCA) O Senado entendeu que coligação partidária deveria fortalecer os partidos. O Senado entendeu por maioria de votação nominal que financiamento de campanha deveria ser feito só por pessoa física e partidos políticos, não deveria ter empresas. Essa é a posição do Senado. Nós entendemos e respeitamos a posição da Câmara. Isso faz parte do processo legislativo. A decisão é bicameral e termina na Câmara dos Deputados. (MAURÍCIO) Mas nem todos os senadores se conformam com a volta do financiamento privado. Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul, já apresentou um projeto para voltar a discutir quem pode doar dinheiro para as campanhas: (LASIER MARTINS) Nós já entramos com um projeto de lei aqui no Senado para voltar, para reabrir a discussão. Nós não vamos desistir. Nós haveremos de fazer ver a todos que a população brasileira não quer mais doações de empresas privadas. (MAURÍCIO) E o senador Telmário Mota, do PDT de Roraima, fez um apelo ao ministro Gilmar Mendes para que devolva o processo sobre a doação de empresas para campanhas. Há mais de um ano, o ministro pediu vistas do processo. A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal já se manifestou contra o financiamento privado. Apesar de ser contra essa mudança, o senador Telmário Mota comemorou uma alteração feita pela Câmara: a permissão do uso de carros de som: (TELMÁRIO MOTA) A única forma que um cidadão comum, assim como eu, que sou filho de uma empregada doméstica, chegar a um cargo importante é tendo uma ampliação da sua voz. E quando que um pobre tem condições de fazer um comício? Quando que um pobre tem condições de fazer carreata? O máximo que um pobre pode ter é um carro de mão, é uma bicicleta, é um jumento, uma moto, uma picapezinha para ele aí aproveitar e fazer as suas reuniões, dar mais volume a sua voz, ampliar mais a sua voz. (MAURÍCIO): O texto da minirreforma política segue para sanção da presidente Dilma Rousseff, que tem 15 dias para concordar ou vetar o texto. Da Rádio Senado, Maurício de Santi. PLC 75/2015

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