Especialistas afirmam que situação do SUS no DF e no Brasil é grave — Rádio Senado
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Especialistas afirmam que situação do SUS no DF e no Brasil é grave

21/08/2015, 13h04 - ATUALIZADO EM 21/08/2015, 13h04
Duração de áudio: 02:03
Geraldo Magela / Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA PROMOVEU, NESTA SEXTA-FEIRA, AUDIÊNCIA SOBRE A SITUAÇÃO DO SUS NO DISTRITO FEDERAL E NO PAÍS. LOC: OS DEBATEDORES AFIRMARAM QUE A SITUAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA É GRAVE, COM FALTA DE PROFISSIONAIS E MATERIAL MÉDICO. REPÓRTER NARA FERREIRA: TÉC: Ao presidir a audiência, o senador Hélio José, do PSD do Distrito Federal, reconheceu que mesmo com limitações e contradições, o Sistema Único de Saúde, SUS, se tornou referência para o mundo com programas como o DST-Aids, e controle de tabagismo. Mas alertou que há uma crise na saúde pública do País: (HÉLIO JOSÉ) Tendo em vista as inúmeras queixas vindas de vários setores da sociedade, que vão desde a falta de recursos e insumos até o gerenciamento do setor, de modo a colocar em cheque os próprios princípios do SUS. (REPÓRTER) Paulo Feitosa, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, lembrou que em 2010 eram 4 mil 648 médicos na capital do país e entorno. Segundo ele, desde então a rede de saúde aumentou, mas o número de profissionais é praticamente o mesmo. (PAULO) Se em 2010 o maior problema era RH, a falta de profissional, isso deve estar um absurdo. Esse se constitui um dos maiores problemas que nós temos na secretaria de saúde do distrito federal, recursos humanos. (REPÓRTER) O médico Renato Lima destacou que, além do déficit de servidores, o setor enfrenta graves problemas estruturais (RENATO) A primeira consequência é o mal atendimento, inclusive na emergência. Além do mal atendimento, tem levado os servidores a fadiga, porque às vezes um servidor faz o que deveria estar ali para fazer quatro ou cinco. (REPÓRTER) O defensor público Celestino Chupel afirmou que neste ano mais de 15 mil pessoas procuraram a Defensoria para conseguir atendimento básico de saúde por meio da Justiça. (CELESTINO) Estamos perto dos dez por cento de judicialização, o que é o caos. Buscamos sempre diminuir a judicialização para não haver interferência do judiciário no administrador, mas infelizmente muitas vezes se faz necessário e os motivos são simples: o sistema de saúde não tem condições de atender toda a população do distrito federal e do entorno por falta de profissionais e estrutura. (REPÓRTER) Na próxima sexta-feira, dia 28, a Comissão de Direitos Humanos voltará a discutir o tema da saúde pública.

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