Senado debate com especialistas e autoridades projeto da terceirização
LOC: O PROJETO QUE REGULAMENTA A TERCEIRIZAÇÃO NO PAÍS FOI TEMA DE UMA SESSÃO TEMÁTICA NESTA TERÇA-FEIRA.
LOC: REPRESENTANTES DE EMPRESAS, DE CENTRAIS SINDICAIS, ALÉM DE ESPECIALISTAS NO ASSUNTO SE REVEZARAM NA TRIBUNA DO SENADO PARA DEBATER A PROPOSTA. DETALHES COM PAULA GROBA.
TÉC: A permissão de terceirização nas consideradas atividades fim foi um dos principais pontos debatidos durante a sessão temática que contou com a participação de representantes de centrais sindicais, do Ministério Público, de confederações da Indústria e dos transportes, além de especialistas no assunto. Ao abrir os trabalhos, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, afirmou que a discussão ocorre no Senado para dar respostas à própria sociedade que ainda questiona a proposta aprovada na Câmara dos Deputados. Ele voltou a criticar a ampliação de trabalhos terceirizados nas atividades-fim.
(RENAN) Nós precisamos trabalhar a regulamentação dos trabalhadores existentes. Da forma em que o projeto está estabelece uma espécie de vale-tudo.
(Repórter) Na mesma linha, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, criticou a liberação da terceirização em todas as atividades das empresas.
(MANOEL DIAS) O Senado agora tem condições de aprofundando esse debate prevenir ou evitar que possamos através da atividade fim precarizar o trabalho.
(Repórter) Já o consultor jurídico da Confederação Nacional dos Transportes, Marcos Aurélio Ribeiro, defendeu o projeto afirmando que a terceirização já é uma realidade no país e é necessária a aprovação de uma Lei que regule a atividade.
(MARCO AURÉLIO) O setor de transporte rodoviário de cargas é talvez a maior vítima da insegurança jurídica que existe hoje a respeito da terceirização. A terceirização é uma necessidade para o setor produtivo do país. Para o professor da Universidade de São Paulo, Helio Zylberststajn, a atual realidade das empresas, muitas delas até criadas em ambientes virtuais, utilizam a terceirização como saída para obterem competitividade no mercado.
(Repórter) Para o professor, as atividades meio e fim já não podem mais serem definidas facilmente. Fica muito difícil você definir o que é atividade meio, o que é atividade fim. Essa dicotomia está absolutamente superada. E a mensagem disso é que se o Brasil quiser retomar o caminho da competitividade para a nossa economia, nós temos que avançar na regulamentação da terceirização. Os debates em torno do projeto ainda vão continuar no Senado. Pelo menos quatro comissões devem analisar e votar a proposta antes da votação em Plenário. E se houver mudanças, o projeto retorna para a Câmara dos Deputados.
LOC: REPRESENTANTES DE EMPRESAS, DE CENTRAIS SINDICAIS, ALÉM DE ESPECIALISTAS NO ASSUNTO SE REVEZARAM NA TRIBUNA DO SENADO PARA DEBATER A PROPOSTA. DETALHES COM PAULA GROBA.
TÉC: A permissão de terceirização nas consideradas atividades fim foi um dos principais pontos debatidos durante a sessão temática que contou com a participação de representantes de centrais sindicais, do Ministério Público, de confederações da Indústria e dos transportes, além de especialistas no assunto. Ao abrir os trabalhos, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, afirmou que a discussão ocorre no Senado para dar respostas à própria sociedade que ainda questiona a proposta aprovada na Câmara dos Deputados. Ele voltou a criticar a ampliação de trabalhos terceirizados nas atividades-fim.
(RENAN) Nós precisamos trabalhar a regulamentação dos trabalhadores existentes. Da forma em que o projeto está estabelece uma espécie de vale-tudo.
(Repórter) Na mesma linha, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, criticou a liberação da terceirização em todas as atividades das empresas.
(MANOEL DIAS) O Senado agora tem condições de aprofundando esse debate prevenir ou evitar que possamos através da atividade fim precarizar o trabalho.
(Repórter) Já o consultor jurídico da Confederação Nacional dos Transportes, Marcos Aurélio Ribeiro, defendeu o projeto afirmando que a terceirização já é uma realidade no país e é necessária a aprovação de uma Lei que regule a atividade.
(MARCO AURÉLIO) O setor de transporte rodoviário de cargas é talvez a maior vítima da insegurança jurídica que existe hoje a respeito da terceirização. A terceirização é uma necessidade para o setor produtivo do país. Para o professor da Universidade de São Paulo, Helio Zylberststajn, a atual realidade das empresas, muitas delas até criadas em ambientes virtuais, utilizam a terceirização como saída para obterem competitividade no mercado.
(Repórter) Para o professor, as atividades meio e fim já não podem mais serem definidas facilmente. Fica muito difícil você definir o que é atividade meio, o que é atividade fim. Essa dicotomia está absolutamente superada. E a mensagem disso é que se o Brasil quiser retomar o caminho da competitividade para a nossa economia, nós temos que avançar na regulamentação da terceirização. Os debates em torno do projeto ainda vão continuar no Senado. Pelo menos quatro comissões devem analisar e votar a proposta antes da votação em Plenário. E se houver mudanças, o projeto retorna para a Câmara dos Deputados.
