Senadores, representantes de Universidades e estudantes questionam novas regras do Fies — Rádio Senado

Senadores, representantes de Universidades e estudantes questionam novas regras do Fies

LOC: SENADORES, ESTUDANTES E REPRESENTANTES DE UNIVERSIDADES QUESTIONARAM NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS AS NOVAS REGRAS DO FIES, O FINANCIAMENTO ESTUDANTIL PARA JOVENS QUE NÃO TÊM CONDIÇÕES DE PAGAR AS FACULDADES PARTICULARES. 

LOC: ENTREM OS TEMAS MAIS POLÊMICOS, ESTÃO OS REAJUSTES DAS MENSALIDADES E AS DIFICULDADES NO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR. REPÓRTER GEORGE CARDIM. 

TÉC: Com um Orçamento de 12 bilhões de reais, O Fundo de Financiamento Estudantil atende cerca de um milhão e novecentos mil estudantes de baixa renda matriculados nas universidades particulares. O programa garante o financiamento com juros baixos e os beneficiados só começam a pagar a dívida um ano e meio após a conclusão dos cursos. Durante debate na Comissão de Direitos Humanos, os senadores e representantes dos alunos e das faculdades destacaram a importância do Fies, mas criticaram as recentes mudanças nas regras dos contratos. Para participar do programa, os estudantes terão que obter 450 pontos no exame nacional do ensino médio, o Enem, sem zerar a redação. A presidente da União Nacional dos Estudantes, Virgínia Barros, lamentou que os alunos também estão com dificuldade para acessar o sistema e renovar os contratos. 

(Virgínia) Naturalmente a confusão dentro das universidades foi muito grande. O cenário dentro de boa parte das universidades privadas foi dramático. Porque o sistema passou a funcionar de forma muito lenta ou a não funcionar. A situação que isto gerou foi muito difícil para nós estudantes. Porque teve estudantes que ficou numa incerteza muito grande se conseguiria tocar o seu curso. E muitos estudantes inclusive que chegaram a desistir. 

(REPÓRTER) O presidente da CDH, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, disse que muitos alunos ainda não sabem se vão conseguir renovar os contratos em 2015 

(Paim) Telefonemas e e-mails que nos chegavam aqui de uma intranquilidade em relação ao fies. 200 mil pessoas ainda não sabem como será a próxima fase para seguir o sonho de uma graduação no ensino superior. Polêmicas recentes divulgadas no país mostram que nós estamos com falhas no sistema. 

(REPÓRTER) Para evitar aumentos abusivos nas mensalidades dos cursos bancados pelo fundo, o Ministério da Educação estabeleceu um teto de 6,4 por cento para os reajustes dos preços. As medidas foram questionadas na justiça, mas o MEC conseguiu uma decisão provisória a favor das novas regras.
26/03/2015, 12h12 - ATUALIZADO EM 26/03/2015, 12h12
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