Vanesa Grazziotin defende cota de 30% para mulheres no Congresso — Rádio Senado

Vanesa Grazziotin defende cota de 30% para mulheres no Congresso

LOC: SENADORAS QUEREM ESTABELECER UMA COTA DE 30 POR CENTO DE VAGAS NO CONGRESSO PARA MULHERES. 

LOC: A PROPOSTA, FECHADA EM REUNIÃO DA BANCADA FEMININA NO SENADO, FOI APRESENTADA DURANTE SESSÃO TEMÁTICA SOBRE REFORMA POLÍTICA NO PLENÁRIO NESTA TERÇA-FEIRA. DETALHES COM A REPÓRTER NARA FERREIRA.  

(Repórter) Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, é Procuradora da Mulher no Senado. Ao participar da sessão temática sobre reforma política, ela levantou dois temas que considera essenciais para o aprimoramento da democracia: o financiamento de campanha e a representatividade de gênero, ou seja, a presença de mulheres no Legislativo. Na visão da senadora, para tornar a democracia brasileira mais verdadeira e justa é preciso estabelecer cotas femininas. Hoje, as mulheres representam mais de 50 por cento da população, mas ocupam cerca de 10 por cento das cadeiras no Senado e na Câmara dos Deputados – e o Brasil está entre os países com menor índice de mulheres congressistas em todo o continente americano. Vanessa Graziotin disse que o País deu um grande passo ao estabelecer a cota de candidaturas de mulheres, mas isso não foi suficiente. Por isso, a bancada feminina no Senado vai lutar por uma cota de 30 por cento de vagas no Congresso:

(VANESSA) E não venham dizer que no Brasil as mulheres não são vocacionadas, porque buscam mulher para ser candidata e elas não querem. Isso não é verdade.Porque nenhuma argentina, nenhuma uruguaia, francesa, alemã é mais vocacionada que a brasileira. A diferença é que nesses países as oportunidades que têm as mulheres são maiores do que as oportunidades que temos no Brasil. Estamos nós mulheres nos reunindo e chegando a uma conclusão: precisamos de uma cota mais efetiva, e a cota mais efetiva é a cota de vagas, de cadeiras, tanto na Câmara quanto no Senado Federal. 

(Repórter) Quanto ao financiamento de campanhas, Vanessa Grazziotin defende que empresas sejam proibidas de interferir no processo político-eleitoral com dinheiro. Para ela, só uma reforma política que altere as formas de financiamento poderá tornar o estado brasileiro menos receptivo a atos de corrupção.
24/02/2015, 02h02 - ATUALIZADO EM 24/02/2015, 02h02
Duração de áudio: 02:00
Ao vivo
00:0000:00