Congresso deve analisar a partir de fevereiro aumento de impostos — Rádio Senado

Congresso deve analisar a partir de fevereiro aumento de impostos

LOC: AUMENTO DE IMPOSTOS ANUNCIADO PELO GOVERNO VAI SER ANALISADO PELO CONGRESSO NACIONAL A PARTIR DE FEVEREIRO 

LOC: SENADORES DO PP E DO PDT MANIFESTAM INSATISFAÇÃO COM MEDIDAS DE AJUSTE ECONÔMICO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI 

TÉC: O aumento de impostos anunciado pelo Governo Federal deve ser analisado pelo Congresso Nacional a partir de fevereiro. A medida provisória irá prever o aumento do PIS-COFINS sobre a importação de 9,25 para 11,75% apara os produtos importados. O pacote inclui, ainda, a volta da Cide, a Contribuição para Intervenção no Domínio Econômico, e a elevação do IOF sobre o crédito de 1,5 para 3% ao ano. As medidas de ajuste fiscal anunciadas provocaram reação entre senadores. Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, e Ana Amélia, do PP gaúcho, expressaram insatisfação. Cristovam afirmou que as contas brasileiras já estão muito abaladas: 

(CRISTOVAM) É certo fazer isto? E aí eu lhe digo: nas mãos da presidente Dilma não é certo. É até necessário, mas não é certo, porque ela até prometeu que não faria isso. Pior, ela pediu voto pra ela, dizendo que a Marina e o Aécio fariam isso. Agora vem a pergunta: É necessário ou não? Pior é que é necessário, que as contas públicas estão numa situação não só deficitária, pior que isso, numa situação quase falimentar.  

(REPÓRTER) A Petrobrás anunciou à Comissão de Valores Mobiliários que vai repassar o aumento da Cide e do Cofins aos preços dos combustíveis, o que deve gerar efeito cascata sobre diversos produtos e serviços. A senadora Ana Amélia destacou que, além dos impostos, o trabalhador brasileiro será atingido por outros aumentos nos próximos meses. 

(ANA AMÉLIA) O trabalhador brasileiro começou 2005 sentindo o peso da mão do governo. Até mão insensível do governo, porque ele vai ter em 2015 uma redução de seu poder aquisitivo determinado primeiro não só pelo aumento dos impostos, mas também pelo aumento dos combustíveis e pelo aumento de energia. E pelo veto pela correção da tabela do imposto de renda. O meu partido sempre apoia o governo mas minha posição sempre foi uma posição de independência. 

(REPÓRTER): A previsão do Governo Federal é que as medidas anunciadas garantam um aumento na arrecadação de impostos da ordem de R$ 20 bilhões em 2015.
20/01/2015, 06h08 - ATUALIZADO EM 20/01/2015, 06h08
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