Votos brancos, nulos e abstenções somaram quase 30% nesse primeiro turno — Rádio Senado

Votos brancos, nulos e abstenções somaram quase 30% nesse primeiro turno

LOC: OS VOTOS BRANCOS, NULOS E AS ABSTENÇÕES SOMARAM QUASE 30 POR CENTO NAS ELEIÇÕES DESTE DOMINGO, SEGUNDO NÚMEROS DIVULGADOS PELO TSE.  

LOC: NA AVALIAÇÃO DO SENADOR PAULO PAIM, DO PT DO RIO GRANDE DO SUL, ESSES ELEITORES PODEM FAZER A DIFERENÇA NO SEGUNDO TURNO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: 

TÉC: As abstenções chegaram a 19,39 por cento. Já brancos e nulos, somados, atingiram 9,64 por cento do eleitorado. O Maranhão foi o estado em que mais eleitores deixaram de comparecer às urnas. Já o Distrito Federal registrou a menor abstenção. Branco, nulos e abstenções somam 29,03 por cento dos votos em todo o país. O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, considera esse número elevado e diz que os candidatos que passaram para o segundo turno devem tentar conquistar esses eleitores se quiserem chegar à Presidência da República: 

(PAULO PAIM) Não deixa de ser um voto um voto de protesto. Talvez um pouco do resultado ainda daquele grande movimento de junho e julho que o Brasil teve. É esse voto que os políticos têm que conquistar. Isso obriga a gente a cada vez mais ouvir as ruas e saber caminhar junto com a nossa população. 

(REPÓRTER) Abstenções, brancos e nulos atingiram o percentual mais alto desde as eleições de 1998, quando o número chegou a 36 por cento. Em 2002, a porcentagem caiu para 25 por cento; 24 em 2006, e 27 em 2010. O consultor do Senado, Ronaldo Vieira, avalia que os 29 por cento registrados na eleição de domingo estão dentro da margem histórica: 

(RONALDO VIEIRA) Comparada a votação de primeiro turno com as outras votações ao longo dessa série histórica, a partir de 1989, não me parece algo destoante, não é?Não me parece que se possa dizer que há uma resignação maior, uma resistência maior à atividade política por esses números. Ao contrário. Ela está, mais ou menos, na mesma faixa histórica que estava sempre. 

(REPÓRTER) O consultor do Senado, Ronaldo Vieira, prevê que a abstenção deve ser bem menor no segundo turno, dia 26 de outubro. Segundo ele, com apenas um voto para presidente da República ou dois nos estados onde haverá segundo turno para governador, o eleitor se sente mais estimulado a comparecer às urnas. Ronaldo Vieira também acredita em uma redução no percentual de votos nulos.
06/10/2014, 05h45 - ATUALIZADO EM 06/10/2014, 05h45
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