Imunização infantil avança e Programa de Vacinação em Escolas Públicas será impulso — Rádio Senado
Saúde

Imunização infantil avança e Programa de Vacinação em Escolas Públicas será impulso

Dados do Fundo das Nações Unidas (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) refletem melhora na cobertura vacinal infantil no Brasil. Lei do Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas (14.886/2024), sancionada após ser votada no Senado recentemente, deverá intensificar esse avanço na imunização ao determinar que alunos da educação infantil e do ensino fundamental participem de vacinações no ambiente escolar.

23/07/2024, 19h50 - ATUALIZADO EM 23/07/2024, 19h50
Duração de áudio: 03:31
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Transcrição
A IMUNIZAÇÃO INFANTIL NO BRASIL AUMENTOU E O PAÍS JÁ NÃO OCUPA AS PRIMEIRAS POSIÇÕES NO RANKING DAQUELES COM CRIANÇAS NÃO VACINADAS. A LEI DO PROGRAMA DE VACINAÇÃO EM ESCOLAS PÚBLICAS, VOTADA NO SENADO EM MAIO, É IMPULSO PARA MELHORAR AINDA MAIS OS ÍNDICES. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. Novos dados sobre imunização infantil no mundo foram lançados recentemente pelo Fundo das Nações Unidas, o Unicef, e a Organização Mundial da Saúde. A boa notícia é que o Brasil avançou na vacinação e conseguiu sair da lista dos vinte países com mais crianças não imunizadas no mundo, um ranking em que o país ocupou o sétimo lugar em 2021. A queda no número de crianças brasileiras não vacinadas contra difteria, tétano e coqueluche é animadora: de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023. No mês passado, foi sancionada pelo presidente Lula a lei que institui o Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas. A medida, destinada prioritariamente a alunos da educação infantil e do ensino fundamental para intensificar as ações de vacinação e elevar a cobertura vacinal da população, teve origem em projeto de lei votado no Senado em maio. O relator, senador Marcelo Castro, do MDB do Piauí, que é médico e já foi ministro da Saúde, ponderou sobre a importância das vacinas e o histórico do Brasil no tema. Marcelo Castro - De tudo com que a ciência contribuiu para a saúde e para a longevidade da humanidade, nada foi tão importante quanto o advento da vacina. E o Brasil é exemplo mundial, com seu programa de vacinação criado na década de 70, o nosso Programa Nacional de Imunização, dando vacinações de graça a todos os brasileiros em todas as suas etapas da vida. Isso é um orgulho, uma conquista da saúde pública brasileira, com poucos exemplos no mundo. Os dados da Unicef e da OMS sobre a cobertura vacinal no Brasil são considerados especialmente importantes devido ao cenário recente de redução nos índices de imunização, conforme apontou o senador. Marcelo Castro - De 2012 até os dias atuais, a cobertura vacinal vem caindo gradativamente. Isso não é um fenômeno nacional; é um fenômeno mundial, mas no Brasil foi de uma forma muito intensa, especialmente após a covid, ou junto com a covid, e nós chegamos ao cargo desonroso para a nossa saúde pública de sermos um dos dez países que menor tem cobertura vacinal no mundo. Mas enquanto o Brasil retoma bons padrões de imunização, globalmente a situação é diferente, conforme explica a chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo. Luciana Phebo - No mundo, infelizmente a situação piorou. Aumentou o número de crianças não vacinadas: em 2022 esse número era de 13,9 milhões e em 2023 esse número passou a ser 14,5 milhões de crianças não vacinadas globalmente. Luciana Phebo afirmou ainda que é fundamental continuar avançando na cobertura vacinal infantil no Brasil, ultrapassando os muros das unidades básicas de saúde, o que a lei do Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas já determina. Da Rádio Senado, Janaína Araújo. 

Ao vivo
00:0000:00