Oposição vai propor reunião secreta para ouvir Paulo Roberto Costa — Rádio Senado

Oposição vai propor reunião secreta para ouvir Paulo Roberto Costa

LOC: O PRESIDENTE DA CPI MISTA AFIRMA QUE OS PARLAMENTARES NÃO VÃO CONSTRANGER O EX-DIRETOR DA ESTATAL A PRESTAR DEPOIMENTO. 

LOC: MAS A OPOSIÇÃO VAI PROPOR UMA REUNIÃO SECRETA PARA QUE PAULO ROBERTO COSTA NÃO PERCA OS BENEFÍCIOS DA DELAÇÃO PREMIADA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(Repórter) Ao autorizar o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a comparecer à CPI Mista, o juiz federal Sérgio Moro garantiu a ele o direito de permanecer em silêncio. Preso pela Polícia Federal por participar do esquema de lavagem de dinheiro da Petrobras com o doleiro Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa não deverá responder às perguntas dos parlamentares para não perder os benefícios da delação premiada. Sabendo desta condição, o presidente da CPI Mista, senador Vital do Rêgo, do PMDB da Paraíba, antecipou que os deputados e senadores, apesar de quererem conhecer os detalhes do esquema, não vão constranger Paulo Roberto Costa a falar se ele evocar o direito constitucional de ficar calado. 

(Vital do Rêgo) É um direito que assiste a ele. Nós vamos tentar o máximo que ele colabore. Nós, inclusive, estaremos com todas as condições necessárias para que ele possa falar e colaborar com a CPI como ele vem falando à Justiça 

(Repórter) Mas o líder do Democratas, deputado Mendonça Filho de Pernambuco, confirmou que a oposição vai propor que a sessão da CPI Mista seja secreta a fim de Paulo Roberto Costa responder às perguntas. 

(Mendonça Filho) Se a gente oferece ao delator, no caso, o Paulo Roberto, o direito de falar em sigilo, evidentemente, estamos preservando o delator de acordo com a própria legislação. E aí a CPI terá muito mais informações do que teria numa sessão aberta, que poderia comprometer a delação premiada. 

(Repórter) A partir do cruzamento de dados que já chegaram à CPI Mista, o relator, deputado Marco Maia, do PT gaúcho, revelou que Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef movimentaram R$ 70 milhões no período de 2005 a 2014. Segundo ele, metade desse valor ficou nas contas pessoais do ex-diretor da Petrobras. Pelo acordo da delação premiada, Paulo Roberto Costa se comprometeu em devolver mais de R$ 20 milhões.
17/09/2014, 11h56 - ATUALIZADO EM 17/09/2014, 11h56
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