Parlamentares esperam que ex-diretor não fique em silêncio no depoimento — Rádio Senado

Parlamentares esperam que ex-diretor não fique em silêncio no depoimento

LOC: OS INTEGRANTES DA CPI MISTA DA PETROBRAS ESPERAM QUE EX-DIRETOR DA ESTATAL NÃO FIQUE EM SILÊNCIO NO DEPOIMENTO DE QUARTA-FEIRA.  

LOC: PARA ASSEGURAR OS BENEFÍCIOS DA DELAÇÃO PREMIADA, PAULO ROBERTO COSTA PODE SE RECUSAR A RESPONDER ÀS PERGUNTAS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(Repórter) Em resposta ao presidente da CPI Mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo, do PMDB da Paraíba, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, afirmou que não cabe à Justiça autorizar o depoimento de qualquer pessoa à Comissão Parlamentar de Inquérito, que tem a prerrogativa constitucional de convocar testemunhas e acusados. Diante do despacho do STF, Vital do Rêgo ponderou que o juiz da 13ª Vara Federal do Paraná, Sérgio Moro, terá de liberar a vinda do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, à CPI Mista na quarta-feira. O líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, espera que Paulo Roberto Costa não evoque o direito constitucional de permanecer em silêncio a fim de não perder os benefícios da delação premiada. 

(Humberto Costa) O ideal era que ele pudesse repetir à CPI todas as questões que disse na delação. Porém, não temos como interferir na estratégia de defesa até porque esse direito de permanecer em silêncio não precisa ser respaldado pelo Poder Judiciário porque na condição de processado, ele pode exigir apenas se manifestar na Justiça. 

(Repórter) O senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará, ressaltou que a CPI quer QUE Paulo Roberto Costa detalhe o esquema de pagamento de propina para políticos com recursos da Petrobras. 

(Flexa Ribeiro) Espero que ele, respeitando a CPMI, possa fazer as declarações e apontar os maus feitos e quem se beneficiou desses malfeitos. Que ele possa falar na forma do acordo da delação premiada. 

(Repórter) Com a delação premiada, Paulo Roberto Costa poderá reduzir de 40 anos para 5 anos a pena por envolvimento no desvio de recursos da Petrobras. Além de detalhar o esquema de corrupção, o ex-diretor se comprometeu em devolver US$ 23 milhões para os cofres públicos.
15/09/2014, 01h26 - ATUALIZADO EM 15/09/2014, 01h26
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