CPMI da Petrobras deve ouvir Paulo Roberto Costa na próxima quarta-feira — Rádio Senado

CPMI da Petrobras deve ouvir Paulo Roberto Costa na próxima quarta-feira

LOC: A CPI MISTA MARCOU PARA A PRÓXIMA QUARTA-FEIRA O DEPOIMENTO DE EX-DIRETOR DA PETROBRAS, PAULO ROBERTO COSTA. 

LOC: A COMISSÃO PEDIRÁ À JUSTIÇA PARA RECEBER AUTOMATICAMENTE OS DOCUMENTOS DO PROCESSO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

(Repórter) Segundo o presidente da CPI Mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo, do PMDB da Paraíba, o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, será ouvido pela comissão no dia 17. Para reduzir a pena, ele decidiu colaborar com as investigações do esquema de lavagem de dinheiro do doleiro Alberto Youssef por meio de contratos da Petrobras. Vital do Rêgo espera a liberação de Paulo Roberto Costa para que ele confirme à CPI as revelações feitas na delação premiada. 

(Vital do Rêgo) Eu não posso dar garantia que ele virá porque ele está recolhido a um processo de delação premiada. Mas tomamos nossa providência e espero que o juiz seja sensível nos defira. Ele vem conduzido. Ele tem que vir e ele virá. 

(Repórter) Para o líder do Democratas, senador José Agripino, do Rio Grande do Norte, mais importante do que ouvir o ex-diretor da Petrobras é a CPI fazer parte do processo a fim ter acesso automático à delação premiada.  

(José Agripino) Mais importante do que isso é o peticionamento ao Supremo Tribunal Federal para que a delação premiada venha para o Congresso, para a CPI. É um direito do Congresso, o Congresso é um Poder. A CPI é um Poder. Não é que a gente vá pedir, mas exigir que aquilo que chega ao Supremo venha para a CPI, que é a voz da sociedade. 

(Repórter) Após receber parlamentares, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sinalizou que não vai liberar a cópia da delação premiada. Segundo o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, o sigilo dos depoimentos de Paulo Roberto Costa ainda é necessário. 

(Randolfe Rodrigues) Ele disse que não pode por dever de ofício prestar nenhuma informação dessa natureza porque é do ofício do procurador não prestar informação sobre nada relativo à delação premiada, porque isso pode prejudicar a delação premiada. 

(Repórter) Somente após o acesso à delação premiada é que a CPI Mista decidirá se vai ouvir os políticos supostamente beneficiados pelo esquema da Petrobras. 
10/09/2014, 01h40 - ATUALIZADO EM 10/09/2014, 01h40
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