CDH debate morte de agricultores e líderes ambientais na Amazônia
LOC: OS ASSASSINATOS DE AGRICULTORES E LÍDERES AMBIENTAIS NA AMAZÔNIA ESTÃO DIRETAMENTE RELACIONADOS Á OMISSÃO DOS GOVERNOS E DA JUSTIÇA.
LOC: A DENÚNCIA FOI FEITA POR DIVERSAS TESTEMUNHAS QUE COMPARECERAM Á AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO, QUE DISCUTIU A VIOLÊNCIA DOS MADEIREIROS E GRILEIROS CONTRA LÍDERES AMBIENTALISTAS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) A Comissão de Direitos Humanos do Senado recebeu vários líderes e representantes ambientais da Amazônia em audiência pública. Eles denunciaram a ausência das polícias, do Ibama e dos governos municipais, estaduais e Federal. Sobreviventes de atentados e parentes de vítimas de grileiros e madeireiros relataram a livre ação desses grupos que se infiltraram nas prefeituras, governos estaduais e polícias estaduais. O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, que pediu a audiência, denunciou a situação:
(João Capiberibe) Os mecanismos de fiscalização do estado não funcionam e expõem as pessoas diante dos criminosos. Os números levantados e fornecidos aqui pelas organizações que participaram são alarmantes: 78% da madeira é de origem clandestina. Isso realmente mostra que a ilegalidade e o crime é a regra. A lei é exceção.
(Repórter) A extrativista Claudelice Silva dos Santos criticou a atuação de representantes de diversos órgãos de fiscalização, assim como a ausência do governo, que, segundo ela, permite os assassinatos, a derrubada de florestas e a grilagem de terras. Claudelice, que é irmã de João Cláudio Ribeiro da Silva, líder ambientalista assassinado por madeireiros e grileiros, afirma que bastaria aos órgãos do estado cumprirem a sua função que o banditismo cessaria:
(Claudelice Silva) Que a polícia seja polícia e não seja omissa de assassinos e faça as investigações completa; que o Incra faça o que ele tem de fazer, que é a regularização fundiária; que o Ibama faça a fiscalização, que o ICMBio faça a gestão. É muito simples. Pelo contrário, o Estado é totalmente omisso para as mazelas da Amazônia.
(Repórter) Segundo o diretor do Greenpeace, Márcio Astrini, os madeireiros estão derrubando árvores de médio porte, que ficam ocultas das imagens de satélites por causa das copas das árvores de grande porte. Em seguida, os habitantes são expulsos ou mortos, as árvores maiores são derrubadas e as terras são transformadas em pastagens.
LOC: A DENÚNCIA FOI FEITA POR DIVERSAS TESTEMUNHAS QUE COMPARECERAM Á AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO, QUE DISCUTIU A VIOLÊNCIA DOS MADEIREIROS E GRILEIROS CONTRA LÍDERES AMBIENTALISTAS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) A Comissão de Direitos Humanos do Senado recebeu vários líderes e representantes ambientais da Amazônia em audiência pública. Eles denunciaram a ausência das polícias, do Ibama e dos governos municipais, estaduais e Federal. Sobreviventes de atentados e parentes de vítimas de grileiros e madeireiros relataram a livre ação desses grupos que se infiltraram nas prefeituras, governos estaduais e polícias estaduais. O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, que pediu a audiência, denunciou a situação:
(João Capiberibe) Os mecanismos de fiscalização do estado não funcionam e expõem as pessoas diante dos criminosos. Os números levantados e fornecidos aqui pelas organizações que participaram são alarmantes: 78% da madeira é de origem clandestina. Isso realmente mostra que a ilegalidade e o crime é a regra. A lei é exceção.
(Repórter) A extrativista Claudelice Silva dos Santos criticou a atuação de representantes de diversos órgãos de fiscalização, assim como a ausência do governo, que, segundo ela, permite os assassinatos, a derrubada de florestas e a grilagem de terras. Claudelice, que é irmã de João Cláudio Ribeiro da Silva, líder ambientalista assassinado por madeireiros e grileiros, afirma que bastaria aos órgãos do estado cumprirem a sua função que o banditismo cessaria:
(Claudelice Silva) Que a polícia seja polícia e não seja omissa de assassinos e faça as investigações completa; que o Incra faça o que ele tem de fazer, que é a regularização fundiária; que o Ibama faça a fiscalização, que o ICMBio faça a gestão. É muito simples. Pelo contrário, o Estado é totalmente omisso para as mazelas da Amazônia.
(Repórter) Segundo o diretor do Greenpeace, Márcio Astrini, os madeireiros estão derrubando árvores de médio porte, que ficam ocultas das imagens de satélites por causa das copas das árvores de grande porte. Em seguida, os habitantes são expulsos ou mortos, as árvores maiores são derrubadas e as terras são transformadas em pastagens.
