Descriminalização do uso de drogas para consumo individual divide opiniões
LOC: A DESCRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL DIVIDIU A OPINIÃO DE AUTORIDADES E ESPECIALISTAS.
LOC: O TEMA FOI DISCUTIDO NESTA TERÇA-FEIRA PELA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE CIDADÃOS. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
TÉC: A Lei antidrogas em vigor desde 1996 acabou com a prisão para o usuário de drogas mas considera crime a compra, o consumo e o porte de entorpecentes. Em debate na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a possibilidade de descriminalização de drogas para uso pessoal dividiu a opinião de autoridades e especialistas. Quem é favor da liberação argumentou que a guerra contra as drogas fracassou e lembrou que a ONU já se manifestou a favor da descriminalização. Também justificou que a proibição é arbitrária e antidemocrática, pois impõe a determinação do Estado, limita as escolhas dos cidadãos e ao mesmo tempo permite o uso de drogas nocivas como o álcool e o tabaco. A professora Beatriz Vargas, da Universidade de Brasília, lembrou que a repressão aumenta a violência.
(Vargas) Hoje em dia, o proibicionismo, em sua violenta, sua prática geradora de exclusão social, sobretudo pela prisão, tem produzido cadáveres. Ou seja, pessoas que morrem em nome desta bandeira que é a guerra que é a guerra ao tráfico.
(REPÓRTER) Já quem é contra a descriminalização teme que a iniciativa possa facilitar o acesso e incentivar o uso de drogas, principalmente entre os mais jovens. O professor José Alexandre Crippa, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, reconheceu o valor terapêutico e defendeu o uso de componentes da maconha no tratamento de diversas doenças, como a epilepsia e o mal de Parkinson. Mas disse que a maconha pode trazer danos para o cérebro e servir de gatilho para a esquizofrenia.
(Crippa) O uso da cannabis ela pode aumentar em até 370 vezes a chance de desenvolver esquizofrenia, que é uma doença grave e que não tem cura. Em termos de saúde pública para um país que tem 200 milhões de habitantes isto é gigantesco.
(REPÓRTER) Os senadores elogiaram o debate. Antônio Carlos Valadares é relator do projeto encaminhado pela Câmara que altera o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e lembrou que vários países diferenciam o usuário, o dependente e o traficante. Ele anunciou mudanças na legislação para definir quem é usuário
(ACV)
(REPÓRTER) O debate na Comissão de constituição e Constituição e Justiça foi sugerido por um cidadão e recebeu o apoio de mais de 10 mil internautas por meio do portal e-cidadania, do Senado. Durante a reunião, mais de 150 pessoas se manifestaram pela internet e pelo Alô Senado a favor e contra para proposta de descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal.
LOC: O TEMA FOI DISCUTIDO NESTA TERÇA-FEIRA PELA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE CIDADÃOS. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
TÉC: A Lei antidrogas em vigor desde 1996 acabou com a prisão para o usuário de drogas mas considera crime a compra, o consumo e o porte de entorpecentes. Em debate na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a possibilidade de descriminalização de drogas para uso pessoal dividiu a opinião de autoridades e especialistas. Quem é favor da liberação argumentou que a guerra contra as drogas fracassou e lembrou que a ONU já se manifestou a favor da descriminalização. Também justificou que a proibição é arbitrária e antidemocrática, pois impõe a determinação do Estado, limita as escolhas dos cidadãos e ao mesmo tempo permite o uso de drogas nocivas como o álcool e o tabaco. A professora Beatriz Vargas, da Universidade de Brasília, lembrou que a repressão aumenta a violência.
(Vargas) Hoje em dia, o proibicionismo, em sua violenta, sua prática geradora de exclusão social, sobretudo pela prisão, tem produzido cadáveres. Ou seja, pessoas que morrem em nome desta bandeira que é a guerra que é a guerra ao tráfico.
(REPÓRTER) Já quem é contra a descriminalização teme que a iniciativa possa facilitar o acesso e incentivar o uso de drogas, principalmente entre os mais jovens. O professor José Alexandre Crippa, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, reconheceu o valor terapêutico e defendeu o uso de componentes da maconha no tratamento de diversas doenças, como a epilepsia e o mal de Parkinson. Mas disse que a maconha pode trazer danos para o cérebro e servir de gatilho para a esquizofrenia.
(Crippa) O uso da cannabis ela pode aumentar em até 370 vezes a chance de desenvolver esquizofrenia, que é uma doença grave e que não tem cura. Em termos de saúde pública para um país que tem 200 milhões de habitantes isto é gigantesco.
(REPÓRTER) Os senadores elogiaram o debate. Antônio Carlos Valadares é relator do projeto encaminhado pela Câmara que altera o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e lembrou que vários países diferenciam o usuário, o dependente e o traficante. Ele anunciou mudanças na legislação para definir quem é usuário
(ACV)
(REPÓRTER) O debate na Comissão de constituição e Constituição e Justiça foi sugerido por um cidadão e recebeu o apoio de mais de 10 mil internautas por meio do portal e-cidadania, do Senado. Durante a reunião, mais de 150 pessoas se manifestaram pela internet e pelo Alô Senado a favor e contra para proposta de descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal.