Projeto torna obrigatória a coleta de água da chuva em novos prédios — Rádio Senado

Projeto torna obrigatória a coleta de água da chuva em novos prédios

LOC: A COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE DEVE ANALISAR EM BREVE PROJETO QUE TORNA OBRIGATÓRIA A COLETA DE ÁGUA DA CHUVA EM NOVOS PRÉDIOS.
 
LOC: A IDEIA É APROVEITAR AS RESERVAS PARA LAVAR CALÇADAS, PISOS E VEÍCULOS E PARA REGAR PLANTAS. O PROJETO JÁ FOI APROVADO POR DUAS COMISSÕES E SE PASSAR PELA CMA, SEGUE PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.

(Repórter) De acordo com a Organização das Nações Unidas, até 2025 três bilhões de pessoas sofrerão com a falta de água, se não houver mudanças na gestão hídrica. Problema, que como destaca o senador João Durval, do PDT da Bahia, é agravado por consumo excessivo e desperdício, que já apresenta perdas de 20 a 50% da água captada na maior parte das cidades com mais de 100 mil habitantes, segundo dados do IBGE. Por isso, ele apresentou projeto que obriga novos condomínios residenciais e comerciais, além de hospitais e escolas, a ter sistemas de coleta de água da chuva. Essas reservas devem ser usadas para irrigação de áreas verdes e lavagem de calçadas, pisos e veículos, que consomem uma grande quantidade de água tratada. Em contrapartida, os estabelecimentos que fizerem a coleta da água terão desconto de metade da taxa de drenagem pluvial urbana. A relatora, senadora Lúcia Vânia, do PSDB de Goiás, acredita que além de contribuir para economizar água, o projeto tem um aspecto importante de atenuar os efeitos da chuva nas cidades, que quando acontece em excesso, sobrecarrega a drenagem e o escoamento e provoca alagamentos.
 
(Lúcia Vânia) Considero que a proposição contribui para melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros, seja por propiciar um melhor aproveitamento da água disponível, seja para atenuar os efeitos da chuva sobre o meio urbano. Quanto ao primeiro aspecto, temos testemunhado, em muitas cidades, situações dramáticas de escassez de água, que resultam em rodízios e racionamento. Quanto ao segundo aspecto, em um contexto de mudanças climáticas e de ocupação de áreas de risco, é fundamental que cada cidadão faça a sua parte, retendo a água da chuva no interior do lote.
 
(Repórter) O projeto prevê ainda a criação de programas para incentivar o uso racional da água, com ações de educação ambiental, medidas para acabar com vazamentos na rede de abastecimento, e instalação de dispositivos que economizam água, como descargas de volume reduzido e torneiras automáticas.
28/04/2014, 03h51 - ATUALIZADO EM 28/04/2014, 03h51
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