Especialistas alertam para vulnerabilidade do Brasil na defesa cibernética — Rádio Senado

Especialistas alertam para vulnerabilidade do Brasil na defesa cibernética

LOC: EM AUDIÊNCIA DA CPI DA ESPIONAGEM, ESPECIALISTAS ALERTARAM PARA A VULNERABILIDADE DO BRASIL NA DEFESA CIBERNÉTICA. 

LOC: A PRESIDENTE DA CPI DISSE QUE AS PROPOSTAS DAS AUDIÊNCIAS COM ESPECIALISTAS VÃO SE TRANSFORMAR EM PROJETOS DE LEI. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

TÉC: Na avaliação do especialista em segurança, Paulo Pagliusi, numa escala de zero a dez, o Brasil está com a nota 4 no que diz respeito à defesa cibernética. Ele defendeu investimentos no desenvolvimento de satélites e de cabos submarinos. Pagliusi destacou que 90% das informações brasileiras passam pelo território dos Estados Unidos, o que facilita a espionagem. 

(Pagliusi) Essa realidade tem que mudar, tem que haver investimentos fortes em cabo de submarinos brasileiros. Essa questão do satélite é ponto de honra. Temos que recuperar o domínio do nosso satélite brasileiro, que não se aplica apenas ao uso civil.

REPÓRTER: Já o representante do Comitê Gestor da Internet, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, Rafael Moreira, revelou que o governo vai anunciar em novembro investimentos para que empresas brasileiras desenvolvam tecnologia nacional que dificulte a espionagem. 

(Rafael) Que elas estejam disponíveis no mercado por empresas brasileiras que ofereçam essas tecnologias para que os cidadãos possam utilizar essas ferramentas de uma forma segura.  

REPÓRTER: Ao destacar que a unanimidade entre especialistas é a criação de agência reguladora de defesa e segurança cibernética, a presidente da CPI, senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, anunciou a apresentação de um projeto neste sentido. Ela citou outra proposta que vai estabelecer a certificação de equipamentos e programas de informática e definir regras para a sua compra pelo governo. 

(Vanessa) Somos vulneráveis do ponto de vista que não desenvolvemos sistemas próprios de segurança. Somos vulneráveis porque não desenvolvemos fiscalização de qualquer sistema. Somos vulneráveis porque empresas públicas importantes não utilizam tecnologia nacional de segurança. Estamos vendo uma coincidência na apresentação de propostas. 

REPÓRTER: O professor da Universidade Federal de Pernambuco, Rodrigo Assad, destacou a iniciativa do governo de desenvolver um correio eletrônico próprio.
22/10/2013, 06h33 - ATUALIZADO EM 22/10/2013, 06h33
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