Regulamentação da profissão de vaqueiro já é lei — Rádio Senado

Regulamentação da profissão de vaqueiro já é lei

A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE VAQUEIRO, APROVADA PELO SENADO EM SETEMBRO, JÁ É LEI.

O ARTIGO QUE PREVIA A CONTRATAÇÃO DE SEGURO DE VIDA E DE ACIDENTES DE TRABALHO EM FAVOR DESSES PROFISSIONAIS FOI VETADO PELA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE: 

(Repórter) Júlio Saraiva é vaqueiro em Serrita, cidade do sertão de Pernambuco. Vestido com o Gibão, a característica roupa de couro de quem exerce esta atividade, Seu Júlio fez questão de estar no Senado para acompanhar de perto a regulamentação de sua profissão.

(Júlio Saraiva) Minha luta de vaqueiro vem de meus bisavôs, meu avô, meu pai, veio pra mim e de mim passa para meus filhos. Tudo é vaqueiro. Eu nasci vaqueiro, me criei vaqueiro, eu me orgulho de ser vaqueiro. 

(Repórter) De acordo com pesquisa do antropólogo Washington Queiroz, o primeiro registro da presença de vaqueiros na história do Brasil é de 1549. Entre as atribuições destes profissionais estão: o cuidado com os espaços destinados à exploração pecuária e o treinamento e preparação dos animais para eventos esportivos e culturais. A senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, lembrou que os vaqueiros tiveram importante participação em episódios da história do Brasil.

(Lídice da Mata) Os vaqueiros tiveram partes destacadas em alguns momentos históricos da vida nacional. É o caso da Guerra de Canudos; é o caso do 2 de julho, na Bahia, da luta pela independência do Brasil. 

(Repórter) O Presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, destacou a regulamentação da atividade.
 
(Renan Calheiros) O vaqueiro é o herói brasileiro, um sobrevivente, é aquele que exerce com muita determinação, com muita garra, com muita coragem uma profissão de muito risco e que portanto precisa ser diferenciada, precisa ser regulamentada.
 
(Repórter) A presidente Dilma Rousseff vetou o artigo que garantia aos vaqueiros a contratação de seguro de vida e devolução dos gastos médicos e hospitalares em caso de enfermidade sofrida durante a jornada de trabalho, sob a alegação de que não levava em conta a realidade econômica do setor, em especial dos pequenos produtores.
17/10/2013, 06h39 - ATUALIZADO EM 17/10/2013, 06h39
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