Brasil precisa resolver questões de infraestrutura e segurança na aviação — Rádio Senado

Brasil precisa resolver questões de infraestrutura e segurança na aviação

LOC: O BRASIL PRECISA RESOLVER PROBLEMAS DE INFRAESTRUTURA E SEGURANÇA PARA FORTALECER A AVIAÇÃO REGIONAL.

LOC: A CONCLUSÃO É DE ESPECIALISTAS DO SETOR OUVIDOS NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DO SENADO. REPÓRTER NILO BAIRROS:

(Repórter) O governo prepara um plano para incentivar a aviação regional e, com isso, chegar a mais de 65 milhões de passageiros em vôos regionais daqui a doze anos. Um dos passos é a reforma e construção de 270 aeroportos no interior do país. Mas existem outros obstáculos, como a falta de segurança. A começar por pistas localizadas em áreas de tráfego de animais, como alertou o tenente-coronel Henrique Balta de Oliveira, responsável pelo setor de prevenção de acidentes aeronáuticos. Ele também lembrou que as diferenças entre as regiões influenciam nos custos e na importância desse tipo de transporte.

(Henrique Balta Oliveira) A gente tem aeródromos no sul do país que em tese o investimento deve ser muito menor do que em aeródromos no interior da Amazônia. Por outro lado esses aeródromos no interior da Amazônia têm uma importância social muito maior, porque é rio e aeronave, não tem muitas opções de transporte.
 
(Repórter) O superintendente de Segurança Operacional da Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC, Wagner de Souza Moraes, explicou a forma como o órgão avalia o grau de segurança dos aeroportos. Além do risco de trânsito de animais, principalmente aves, são analisadas as condições da pista e a capacidade de resgate num eventual acidente. Segundo o representante da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Mario Rodrigues, o órgão trabalha para dar condições de operação a aeronaves menores, de 60 a 100 lugares, e já publicou editais para que até o ano que vem o governo esteja com obras em várias regiões do país. Quem aguarda com ansiedade a superação desses gargalos são as companhias regionais de aviação. Uma delas, a Azul, que opera em grandes e pequenos aeroportos, já ocupa 17% do mercado. O Diretor de Relações Institucionais da Azul, Victor Celestino, lamentou que o Brasil esteja, hoje, no mesmo patamar de aviação regional que os Estados Unidos ocupavam há 50 anos. Mas admitiu que desde o ano passado o país vem fazendo rápidos progressos, e disse esperar para breve o lançamento do plano de aviação regional.
30/09/2013, 08h03 - ATUALIZADO EM 30/09/2013, 08h03
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