Senadores admitem dificuldades para aprovar reforma política para 2014 — Rádio Senado

Senadores admitem dificuldades para aprovar reforma política para 2014

LOC: SENADORES ADMITEM DIFICULDADES PARA APROVAÇÃO DA REFORMA POLÍTICA QUE POSSA VALER NO ANO QUE VEM. 

LOC: DEPUTADOS AINDA VÃO DEFINIR AS PERGUNTAS DO PLEBISCITO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

TÉC: A Câmara dos Deputados instala nesta terça-feira uma comissão que vai definir as perguntas do plebiscito sobre a Reforma Política. O colegiado terá 90 dias para apresentar o projeto de convocação da consulta popular. Diante desse calendário e do prazo de 70 dias dado pela Justiça Eleitoral para realizar o plebiscito, diversos senadores questionam a convocação da consulta. Walter Pinheiro do PT da Bahia alerta que as mudanças aprovadas não valerão nas eleições de 2014. 

(Walter) Mais do que uma divergência, estamos discutindo viabilidades para se fazer isso. Por isso, vamos encontrando posições mais favoráveis a se avançar e correr para valer em 2014. E outros que avaliam que se for para fazer com consistência, não daria para ser feito num tempo razoável e se aplicar em 2014. 

REPÓRTER: Apesar de defender o plebiscito, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, avisou que os senadores não vão atropelar os deputados. 

(Renan) Eu sempre defendi o plebiscito porque ajuda na Reforma Política. Mas ele só tramitará no Senado se for aprovado pela Câmara. Essa coisa de ouvir o Senado porque não foi possível ouvir a Câmara, ela não existe na lógica parlamentar. 

REPÓRTER: O líder do Democratas, senador José Agripino Maia do Rio Grande do Norte, defende que o próprio Congresso Nacional vote logo a Reforma Política se quiser que as novas regras tenham validade no ano que vem. 

(Agripino) Acho que não tem tempo. Não é justo gastar R$ 500 milhões com o plebiscito e que vai produzir respostas que podem não ser suficientemente refletidas. E corre o risco de não aplicar as respostas na votação no ano que vem por uma questão de anterioridade. 

REPÓRTER: O líder do governo, senador Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas, defende a realização do plebiscito independentemente dos prazos. 

(Braga) Não se pode desistir do plebiscito. Essa questão do plebiscito é fundamental. Ouvir a opinião pública, fazer com que o povo possa na democracia direta participar da Reforma Política é tão importante quanto uma possível Constituinte exclusiva. Abrir mão disso agora por causa de prazo é no mínimo impedir que a população possa se manifestar pelo voto direto. 

REPÓRTER: O vice-presidente da República, Michel Temer, deverá se reunir nesta semana com os líderes dos partidos aliados do Senado para discutir o plebiscito.
08/07/2013, 01h29 - ATUALIZADO EM 08/07/2013, 01h29
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