CCJ analisa indicação de Luís Roberto Barroso para o cargo de ministro do STF — Rádio Senado

CCJ analisa indicação de Luís Roberto Barroso para o cargo de ministro do STF

LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA ANALISA A INDICAÇÃO DO ADVOGADO LUÍS ROBERTO BARROSO, PARA O CARGO DE MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
 
LOC: OS SENADORES ELOGIARAM A TRAJETÓRIA DE BARROSO E QUESTIONARAM SUA ATUAÇÃO EM PROCESSOS DE GRANDE REPERCUSSÃO, COMO A UNIÃO CIVIL GAY, O ABORTO DE ANENCÉFALOS E AS PESQUISAS COM CÉLULAS TRONCO.

LOC: BARROSO DEFENDEU AS RECENTES DECISÕES ADOTADAS PELO STF SOBRE TEMAS POLÊMICOS QUE NÃO ESTÃO PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO. SAIBA MAIS NA REPORTAGEM DE GEORGE CARDIM. REPÓRTER GEORGE CARDIM.

(Repórter) O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Vital do Rego, do PMDB da Paraíba, relator da indicação, destacou a trajetória acadêmica e profissional de Luís Roberto Barroso, que é procurador do Rio de Janeiro, professor universitário e advogado especialista em Direito Constitucional. O senador perguntou a opinião de Barroso sobre o chamado “ativismo judicial", quando os tribunais decidem questões polêmicas que não estão previstas em lei e, segundo ele, podem diminuir o papel do Legislativo.
 
(Vital do Rêgo) Cabe aos magistrados formular e editar regras de procedimentos gerais e abstratas decorrentes diretamente do texto constitucional? Ou tal procedimento fere o princípio democrático elementar da separação dos poderes. A edição de normas gerais por magistrados e tribunais não estaria ofendendo prerrogativas deste poder?
 
(Repórter) Os senadores elogiaram a indicação, mas questionaram a atuação de Barroso como advogado de causas de grande repercussão nacional. Entre elas, a defesa do italiano Cesare Battisti; da união civil gay; da possibilidade de aborto de fetos anencéfalos; e contra a Lei dos royalties do petróleo. Barroso reafirmou suas posições e disse que a diversidade deve ser a marca do mundo contemporâneo. Também destacou que os tribunais devem proteger o direito das minorias.
 
(Luis Roberto Barroso) Mulheres, negros, as minorias precisam de tribunais evidentemente o Congresso é a Casa das maiorias e você não consegue fazer valer a agenda das minorias.
 
(Repórter) Luis Roberto Barroso considerou que eventuais disputas entre Legislativo e Judiciário fazem parte da democracia. E disse que a Justiça deve respeitar a atuação política e as decisões do Congresso Nacional. No entanto, para ele, os tribunais podem agir quando o parlamento não decidir sobre temas de grande impacto na vida do cidadão.
 
(Luis Roberto Barroso) Quando o Legislativo atua, o Judiciário deve recuar, a menos que haja uma afronta evidente à Constituição. Quando o Legislativo não atua, mas existem interesses em jogo, o Judiciário deve atuar.

(Repórter) Luis Roberto Barroso é a quarta indicação da presidente Dilma Roussef para o STF e deve entrar na vaga aberta com a aposentadoria do ex-ministro Carlos Ayres Brito. Ao ser aprovado pelo Senado, ele poderá participar de processos polêmicos, como os recursos do julgamento do mensalão.
 
LOC: A SABATINA CONTINUA NA CCJ APÓS O INTERVALO DE DEZ MINUTOS DETERMINADO PELO PRESIDENTE, SENADOR ANÍBAL DINIZ, DO PT DO ACRE.
05/06/2013, 02h50 - ATUALIZADO EM 05/06/2013, 02h50
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