CDH avalia situação de vítimas do "massacre de Felisburgo" — Rádio Senado

CDH avalia situação de vítimas do "massacre de Felisburgo"

LOC: DEPOIS DE OITO ANOS DO MASSACRE DE FELISBURGO, O MANDANTE DA CHACINA QUE RESULTOU NA MORTE DE CINCO TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA VAI A JULGAMENTO NO DIA 15 DE MAIO. 

LOC: OS SOBREVIVENTES DO ATAQUE PARTICIPARAM DE UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS NESTA QUINTA-FEIRA PARA PEDIR O FIM DA IMPUNIDADE. REPÓRTER ANA BEATRIZ SANTOS. 

TÉC: Representantes de diversas entidades discutiram a situação das mais de 200 famílias que viviam no acampamento do MST em Felisburgo, em Minas Gerais, e foram atacadas por pistoleiros contratados a mando do fazendeiro Adriano Chafik, em 20 de novembro de 2004. Durante o massacre, cinco 5 trabalhadores rurais sem terra foram assassinados e outros 20 ficaram gravemente feridos. Os pistoleiros atearam fogo nas barracas e destruíram, inclusive, a escola do acampamento. Mais de oito anos depois, nenhuma das famílias recebeu qualquer tipo de indenização por parte do Estado, e o fazendeiro, que confessou o crime, espera o julgamento em liberdade. Representante das vítimas, a trabalhadora rural Maria Gomes Soares fez um apelo aos parlamentares. 

(Maria Gomes) acreditamos que ainda tem gente honesta e capaz de lutar pra que a justiça seja feita, e uma formas de fazer justiça é colocar o Adriano atrás das grades e é indenizar as famílias. (Ana) Representantes do Incra, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, e do Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra denunciaram que, apesar de a área da fazenda ocupada ter sido declarada de interesse social, a Justiça Federal em Minas Gerais não tomou as providencias necessárias para que as famílias conseguissem a documentação. A senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, presidente da CDH, afirmou que a comissão vai acompanhar de perto uma série de crimes cometidos no campo para impedir que fiquem impunes e contribuam por ampliar a violência. 

(Ana Rita) As principais causas da violência do campo são a grilagem a ocupação predatória da terra, a falta de regularização fundiária não implementação de reforma agrária e também a impunidade contra os crimes cometidos. 

(REPÓRTER) O senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, sugeriu que a TV Senado cubra o julgamento. Os senadores também aprovaram a participação da comissão em um ato conjunto com a Câmara dos Deputados, no dia 14, véspera do julgamento.
09/05/2013, 01h51 - ATUALIZADO EM 09/05/2013, 01h51
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