Calmon diz ser inadmissível tráfico de influência em julgamento de processos — Rádio Senado

Calmon diz ser inadmissível tráfico de influência em julgamento de processos

LOC: É INADMISSÍVEL QUALQUER TIPO DE INFLUÊNCIA NO JULGAMENTO DE PROCESSOS JUDICIAIS. A AFIRMAÇÃO FOI FEITA PELO DESEMBARGADOR GUILHERME CALMON, APROVADO PELA CCJ PARA O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.  

LOC: ELE DEFENDEU O AFASTAMENTO PREVENTIVO DOS ACUSADOS E COMENTOU A DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DO STF, JOAQUIM BARBOSA, DE QUE EXISTE UM CONLUIO ENTRE ADVOGADOS E JUÍZES. REPÓRTER GEORGE CARDIM. 

(REPÓRTER): O desembargador Guilherme Calmon da Gama tem 46 anos e trabalha há 23 no Poder Judiciário, onde ingressou por concurso público e atuou como promotor de justiça, defensor público, juiz de direito e federal. A relatora, senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, destacou a trajetória do magistrado do Tribunal Regional Federal da Segunda Região, que é doutor, professor universitário e autor de diversas obras na área de direito da família. Durante a sabatina na CCJ, os senadores discutiram temas que estão na pauta do CNJ, como a modernização dos tribunais, a ampliação dos juizados especiais, o combate à violência contra a mulher, a situação penitenciária e o patrocínio de empresas em eventos para magistrados. O senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, quis saber de Calmon sua opinião sobre a punição de juízes envolvidos em irregularidades e justificou que há crimes no Judiciário.

(Taques): Eu quero elogiar a magistratura brasileira, são juízes federais, estaduais, homens e mulheres de bem. Como existem políticos que cometem crimes, também existem juízes que cometem crimes. Existem senadores, magistrados que cometem crimes, isto é da natureza humana.

(REPÓRTER) O desembargador Guilherme Calmon comentou a recente declaração do presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que disse existir um conluio entre advogados e juízes no país. Calmon defendeu o afastamento preventivo dos acusados de irregularidades e afirmou que é inadmissível qualquer tipo de influência nos julgamentos judiciais.

(Guilherme Calmon) Óbvio que não se admite, é inadmissível qualquer tipo de influência em relação a decisões de colegas e isso, como magistrados que somos, nós assumimos o compromisso de cumprir a Constituição e as leis. Na verdade, não estamos para fazer favor. Estamos para cumprir a Constituição e as leis.

(REPÓRTER) Guilherme Calmon foi indicado pelo STJ para compor o Conselho Nacional de Justiça pelos próximos dois anos.
21/03/2013, 01h39 - ATUALIZADO EM 21/03/2013, 01h39
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